PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA MISSIONÁRIO REDENTORISTA 53 ANOS CONSAGRADO 45 ANOS SACERDOTE |
Estando já às vésperas do Natal, vemos manifestar-se sempre mais claramente o mistério oculto como diz S.Paulo (Cl 1,26). Jesus dá-se a conhecer mostrando onde está a raiz de sua missão. Esta fonte é também nossa fonte de vida e missão. Podemos compreender o que significa acolher o Verbo que se fez carne. É um mistério, mas um mistério fácil de entender e viver. O texto da Carta aos Hebreus diz claramente “Vim, ó Deus, para fazer vossa vontade” (Hb 10,7). Esta vontade em Jesus é sua trajetória até sua morte na cruz e sepultura. Qual é esta vontade do Pai a que Jesus se apega com tanto empenho? Para realizá-la, Ele faz a oferta de seu corpo, oferta total de si (Hb 10,10). Esta vontade do Pai é dar-nos a participação de sua vida, por isso não quer que nenhum se perca (Jo 6,39), como podemos ver na parábola da ovelha perdida (Mt 18,12). Ninguém fica fora. Temos o exemplo de Belém (Mq 5,1), cidade humilde, resume em si todos os humildes, sai das trevas à luz.
Feliz aquela que acreditou.
Para realizar seu desígnio de redenção Deus escolhe Maria, a humilde serva. A fé de Maria está em acolher a vontade de Deus e dela participar, acreditando. Por isso Isabel vai proclamar: “Bem-aventurada aquela que acreditou’ (Lc 1,45). Por isso aconteceu o nascimento de Jesus. A fé remove montanhas diz o Evangelho (Mt 17,20) e é capaz também de mover nosso coração para que a vontade de Deus se realize também em nós, quando, como Cristo somos capazes de fazer a oferta de nós mesmo, como Maria o fez em seu SIM. Em simples palavras e atitudes podemos também fazer uma entrega total, porque acreditamos. Diante da celebração do Natal, podemos fazer nosso ato de fé, não somente na encarnação do Filho de Deus, mas também na realidade de nossa participação na entrega de Jesus e no sim de Maria.
Isabel, cheia do Espírito Santo.
Isabel, cheia do Espírito Santo, gritou sua profissão de fé na vontade de Deus que está encarnada em Jesus no sei de Maria. Nós, cheios do Espírito que recebemos pela fé, possamos proclamar a presença de Deus que nos faz saltar de alegria como João. Possamos também, neste mesmo Espírito, saber identificar a presença de Deus nos humildes como Maria e Isabel. Os humildes que são abertos a Deus, são um sinal luminoso que não só lembra, mas faz identificar a presença de Jesus. Deste modo estaremos fazendo a vontade de Deus e colocando em nossa vida esta fonte de vida e de missão. Ao celebrar a preparação próxima para o Natal, sejamos corajosos em acreditar naquilo que é a revelação de Jesus: salvação é fazer a vontade do Pai. Pai Esta vontade está em acolher sua pessoa do modo como ela veio e para que veio. Se passarmos para nossa vida este cotidiano da fé, estaremos continuando a maneira de crer de Maria de Isabel. Assim seremos luz, como o foi Belém. Desde já, desejo um bom e feliz Natal a todos, extensivos a todos os familiares e amigos.
Leituras: Miquéias 5,1-4a;
Hebreus 10,5-10; Lucas 1,39-45)
Homilia do 4º Domingo do Advento (21.12)
EM DEZEMBRO DE 2003
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