Esta é uma mártir de quem conhecemos muito pouco, e que em algumas oportunidades é confundida com Santa Afra de Augusta.
Não obstante, ela é representada muitas vezes em obras de pintura por artistas que trabalharam na região de Bréscia, sempre com roupas suntuosas e com símbolos do seu martírio: a palma e a lâmina serrada.
A “passio” escrita por autor desconhecido, não dá informação precisa sobre a identidade da santa, porém assinala que era esposa de um nobre da cidade de Bréscia, de nome Itálico. A “passio” depende de uma narrativa muito conhecida nos séculos VIII e IX.
De acordo com o relato, Afra estava no anfiteatro para ver como iam ser torturados Faustino e Jovita, os quais, fazendo o Sinal da Cruz, frearam cinco touros selvagens que docemente se colocaram aos seus pés.
Vendo tal portento, cerca de três mil espectadores se converteram ao Cristianismo. Entre eles estava Afra, que foi denunciada como cristã ao imperador Adriano e foi condenada ao martírio após a decapitação de Faustino e Jovita.
Ao final do século III, uma igreja foi construída no lugar do martírio e dedicada aos Santos Faustino e Jovita. No ano 806 esta igreja foi dedicada a Santa Afra, razão pela qual os corpos daqueles dois Santos foram transladados para outra igreja, junto à qual em seguida foram anexados vários edifícios eclesiásticos.
Afra, Faustino e Jovita são os santos patronos de Bréscia. Às vezes Santa Afra é mencionada como o modelo da cidade.
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