quarta-feira, 27 de maio de 2020

Santa Bárbara Kim

Durante a dura perseguição estatal contra a Igreja Católica na Coreia, estas católicas morreram no cárcere por defenderam sua fé em Nosso Senhor Jesus Cristo. Além de perderem a liberdade, elas morreram de tifo na prisão. Bárbara Kim e Bárbara Yi faleceram em 1839. Bárbara Kim Obi nasceu em 1805, em Shi-heung, província de Kyonggi; sua família era pobre, mas católica de grande devoção. Embora relutasse em casar-se, seu pai insistiu e ela finalmente desposou um pagão que não pensava em se converter. Ele permitiu que ela batizasse a filha, mas os filhos não. Ela teve muitos problemas religiosos com o marido até a morte dele. Aos 30 anos tornou-se criada em uma casa onde pode aderir de todo coração a Deus. Após a morte do marido se dedicou à oração e as boas obras; com a chegada de sacerdotes à região, pode tê-los como seus diretores espirituais. Bárbara Yi nasceu em Ch'ongp'am, Seul, em 1825. Era sobrinha de Santa Madalena Yi Yong-hui e de Santa Bárbara Yi Chong-hui, que também deram a vida pela fé e foram canonizadas com a sobrinha. Esta jovem martirizada aos 15 anos fora viver com as tias por ocasião da morte de seus pais. Estas Santas foram beatificadas por Pio XI em 5 de julho de 1925 e canonizadas por João Paulo II em 6 de maio de 1984.
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A Igreja na Coreia do Sul 
A Igreja coreana tem uma característica única que é de ter sido fundada e sustentada por leigos. Desde o início de 1600 a fé católica apareceu na Coreia transmitida por delegações que todos os anos visitavam Pequim, China, para um intercâmbio cultural com aquela Nação. Na China os coreanos tiveram contato com a fé católica levando para sua pátria o livro do grande jesuíta, Pe. Mateus Ricci, "A verdadeira doutrina de Deus", e um leigo, Lee Byeok, grande pensador, inspirando-se no livro do famoso missionário jesuíta, fundou uma primeira comunidade cristã muito ativa. Por volta de 1780, Lee Byeok, pediu a um amigo, Lee-sunghoon, que fazia parte de uma delegação cultural em visita a China, que se batizasse e ao retornar trouxesse livros e escritos religiosos para se aprofundarem na nova fé. Na primavera de 1784, o amigo retornou com o nome de Pedro, dando um forte impulso à comunidade. Não conhecendo bem a natureza da Igreja, o grupo se organizou com uma hierarquia própria celebrando o Batismo, como também a Crisma e a Eucaristia. Informados pelo bispo de Pequim que para ter uma hierarquia era necessário ter a sucessão apostólica, eles pediram ao bispo que enviasse sacerdotes o mais rápido possível. O Pe. Chu-mun-mo foi enviado e a comunidade coreana logo cresceu atingindo em pouco tempo milhares de fieis. Mas, também na Coreia se desencadeou uma perseguição em 1785, e se recrudesceu sempre mais até que em 1801 o único padre também foi assassinado. Isto entretanto não paralisou o crescimento da comunidade coreana. Em 1802, o rei emanou um edito de Estado no qual ordenava o extermínio dos cristãos como a única solução para sufocar o germe daquela "loucura". Os católicos coreanos, sozinhos e sem direção espiritual, rogavam continuamente ao bispo de Pequim e também ao Papa, que enviassem sacerdotes para eles. Mas as condições locais somente permitiram que em 1837 fossem enviados um bispo e dois sacerdotes da Missão Estrangeira de Paris, os quais penetraram clandestinamente na Coreia e foram martirizados dois anos depois. Uma segunda tentativa levada a cabo por Santo André Kim Taegon conseguiu fazer entrar um bispo e um sacerdote no país; desde aquele momento a presença de uma hierarquia católica na Coreia não mais deixará de existir, não obstante a perseguição de 1866. Em 1882, o governo decretou a liberdade religiosa. Nas perseguições coreanas, segundo fontes locais, houve mais de dez mil mártires, dos quais 103 foram beatificados em dois grupos distintos em 1925 e 1968; depois foram canonizados conjuntamente em 6 de maio de 1984 em Seul, Coreia, por João Paulo II. Destes 10 são estrangeiros, 3 bispos, 7 sacerdotes; os outros são coreanos, catequistas e fieis. 

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