Santificai a Igreja
Depois da Ascensão de Jesus aos céus, celebramos agora a festa de Pentecostes. A descida do Espírito Santo sobre os discípulos. Essa festa acontece através de uma grande simbologia. Tivemos um longo tempo quaresmal que nos instruiu através de ricas leituras das Escrituras. As profundas verdades da fé são explicadas por meio de símbolos acessíveis ao nosso conhecimento. Não podemos perder de vista a unidade do Mistério Pascal de Cristo pelo qual fomos resgatados para fazer parte do Corpo de Cristo e sua missão. Infelizmente, não somos catequizados sobre a missão do Espírito Santo na vida no Corpo de Cristo que é sua Igreja. Quando se celebrou o Concílio Vaticano II, chamou-se à atenção para ausência do Espírito em alguns documentos. Depois houve a contribuição e o interesse da Renovação Carismática. Há um risco de ver a ação do Espírito Santo como uma devoção, como um santo a mais. Sua missão, na Trindade, está em nos alertar que vivemos os tempos da missão do Espírito. O Pai é o Criador, o Filho é ser o Redentor, e o Espírito Santificador. Não podemos voltar ao individualismo espiritual. Ele é o Santificador da Igreja. Por Ele vivemos a comunhão com de Deus. Podemos ter tranqüilidade.
Viver do Espírito
São poucos os ensinamentos de Jesus depois da Ressurreição. Poucos, mas não diminuem o ensinamento. Jesus está ensinando tudo, em poucas palavras. As narrativas já muito conhecidas. A síntese que Jesus apresenta é a chave de leitura. Ele aparece a eles no domingo. O Dia do Senhor alerta que é fundamental para a Igreja reunir-se porque ali é que o Espírito fala e sustenta a comunidade. O ensinamento do dia da Ressurreição coloca a comunidade a viver a Ressurreição, celebrando o dia do Senhor. Dá-lhes o modo de viver: na paz e em todo fruto da paz que vem de Deus. Essa manifestação de Jesus, garante sua presença. Ele é o mesmo que dá a vida. Suas chagas dão a certeza de que é Ele mesmo que se comunica com os discípulos e dá o sentido dessa nova vida. A vida da comunidade terá como missão a reconciliação pessoal com Deus e entre si. Reconciliação não é uma atitude individual, mas a restauração de todos em Cristo.
Doador dos sete dons
Rezamos na oração da coleta a frase: “Realizai agora no coração dos fiéis as maravilhas que operastes no início da pregação do Evangelho”. Pentecostes é um modo permanente da vida dos discípulos. Toma a imagem da diversidade dos dons. Esses dons não existem em função individual, mas para o bem de todos. A atividade dos ministérios e dos dons, mas o Espírito é um só. O que cada um possui é para o bem comum. A manifestação que o Espírito dá a cada um para o bem comum (1Cor 12,11), Todos formamos um só corpo unido a Cristo para o bem de todos. As diversidades das nações no primeiro encontro significam que o Dom da Redenção é para todos os povos. O evangelho pode ser lido e entendido em todas as línguas. Todas as línguas podem ser veículo da evangelização. Não podemos parar, pois o Espírito é como vento, vencendo todos os obstáculos.
Voo sereno
Há um uso espiritual que pode ser rico na ordem da graça, mas que perde a unidade da vida espiritual; É Jesus aos pedaços. Tudo, por causa de uma espiritualidade individualmente exacerbada.
Certamente há muita riqueza de devoção e piedade. Mas devoção e piedade podem ser eivadas de uma satisfação espiritual sem compromisso com a verdade do Evangelho. A Palavra de Deus é viva e eficaz (Hb 4,12). É a ela que devemos prestar contas.
O Espírito, na linguagem bíblica, é como fogo, como a água para que tenham vida os que se põe a seguir a Cristo. Depois da Ascensão de Jesus ao Céu, estamos nos tempos do Espírito Santo.
Sua importância para a vivência do Evangelho, que é vivo e ativo. O Espírito trás aos fiéis, continuamente, a água viva, o fogo em seu calor e movimento. Ele vivifica a sua Igreja.
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