domingo, 13 de outubro de 2019

EVANGELHO DO DIA 13 DE OUTUBRO

Evangelho segundo São Lucas 17,11-19. 
Naquele tempo, indo Jesus a caminho de Jerusalém, passava entre a Samaria e a Galileia. Ao entrar numa povoação, vieram ao seu encontro dez leprosos. Conservando-se a distância, disseram em alta voz: «Jesus, Mestre, tem compaixão de nós». Ao vê-los, Jesus disse-lhes: «Ide mostrar-vos aos sacerdotes». E sucedeu que no caminho ficaram limpos da lepra. Um deles, ao ver-se curado, voltou atrás, glorificando a Deus em alta voz, e prostrou-se de rosto por terra aos pés de Jesus para Lhe agradecer. Era um samaritano. Jesus, tomando a palavra, disse: «Não foram dez os que ficaram curados? Onde estão os outros nove? Não se encontrou quem voltasse para dar glória a Deus senão este estrangeiro?». E disse ao homem: «Levanta-te e segue o teu caminho; a tua fé te salvou».
Tradução litúrgica da Bíblia 
São Cláudio de la Colombière
(1641-1682)jesuíta 
Retiro de 1674, quarta semana
(Escritos espirituais) 
«Prostrou-se de rosto por terra aos pés de Jesus para Lhe agradecer» 
Na meditação do amor de Deus, emociona-me ver os bens que recebi de Deus desde o primeiro momento da minha vida até hoje. Que bondade! Que cuidados! Que providência para o corpo e para a alma! Que paciência! […] Deus fez-me penetrar estas verdades e vê-las claramente: em primeiro lugar, que Ele está em todas as criaturas; em segundo, que é tudo o que há de bom nelas; e em terceiro, que nos faz todo o bem que recebemos delas. E pareceu-me ver este rei de glória e de majestade aplicado a aquecer-nos na roupa que vestimos, a refrescar-nos no ar que respiramos, a alimentar-nos na carne que comemos, a alegrar-nos nos sons e nos objetos agradáveis, a produzir em mim todos os movimentos necessários para viver e agir. Que maravilha! Quem sou eu, ó meu Deus, para ser assim servido por Vós em todo o tempo, com tanta assiduidade e em todas as coisas, com tanto cuidado e amor! Sucede o mesmo com todas as outras criaturas; mas tudo isto por mim, qual intendente zeloso e vigilante que manda trabalhar em todos os locais do reino para o seu rei. O mais admirável é o facto de Deus fazer isto por todos os homens, embora quase ninguém pense nisso, a não ser uma ou outra alma escolhida, uma ou outra alma santa. É preciso que pelo menos eu pense nisso, que me mostre reconhecido. Imagino que, tendo a sua glória como fim supremo de todas as suas ações, Deus faz todas estas coisas principalmente por amor daqueles que admiram a sua bondade, que Lhe estão gratos, que aproveitam a ocasião para O amar; os outros recebem os mesmos bens como que por acaso e por sorte.[…] Deus oferece-nos incessantemente o ser, a vida, as ações de tudo o que criou no universo. É essa a sua ocupação na natureza; a nossa deve ser receber sem cessar aquilo que Ele nos envia de muitos modos, e devolver-Lho por ações de graças, louvando-O e reconhecendo que Ele é o autor de todas as coisas. Prometi a Deus fazê-lo, na medida das minhas possibilidades.

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