quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

EVANGELHO DO DIA 11 DE JANEIRO

Evangelho segundo S. Marcos 1,40-45.
Naquele tempo, veio ter com Jesus um leproso. Prostrou-se de joelhos e suplicou-Lhe: «Se quiseres, podes curar-me».Jesus, compadecido, estendeu a mão, tocou-lhe e disse: «Quero: fica limpo». No mesmo instante o deixou a lepra e ele ficou limpo. Advertindo-o severamente, despediu-o com esta ordem: «Não digas nada a ninguém, mas vai mostrar-te ao sacerdote e oferece pela tua cura o que Moisés ordenou, para lhes servir de testemunho». Ele, porém, logo que partiu, começou a apregoar e a divulgar o que acontecera, e assim, Jesus já não podia entrar abertamente em nenhuma cidade. Ficava fora, em lugares desertos, e vinham ter com Ele de toda a parte.
Tradução litúrgica da Bíblia 
Comentário do dia: 
São João da Cruz (1542-1591), 
carmelita descalço, doutor da Igreja 
A Viva Chama de Amor, 
estrofe 2
«Jesus estendeu a mão e tocou-lhe»
Ó Vida Divina, Tu não tocas para matar, mas para dar a vida; Tu não feres, senão para curar. Quando castigas, tocas ligeiramente e isso basta para consumir o mundo. Quando afagas, pousas deliberadamente a tua mão forte, a doçura da tua carícia não tem medida. Ó Mão Divina, feriste-me para me curar; fazes morrer em mim o que me priva da vida de Deus, em quem agora me vejo vivo. E fazes isso pela tua graça generosa, através do toque daquele que é «o esplendor da tua glória, a figura da tua substância» (Heb 1,3), o teu Filho único, a tua Sabedoria que «se estende com vigor de uma extremidade do mundo até à outra» (Sab 8,1). Ele, o teu Filho único, mão misericordiosa do Pai, é o toque delicado com que me tocaste, feriste e queimaste interiormente.  Ó toque delicado, Verbo Filho de Deus, Tu penetras subtilmente na nossa alma pela delicadeza do teu ser divino; toca-la tão delicadamente que a absorves totalmente em Ti, de uma forma tão divina e tão suave «que nunca de tal se ouviu falar em Canaã, nunca tal se viu no país de Teman» (Bar 3,22). Ó toque delicado do Verbo, tão mais delicado para comigo quanto, derrubando as montanhas e quebrando os rochedos do monte Horeb pela sombra do poder que Te precedia, Te fizeste sentir pelo profeta Elias de forma tão suave e forte «no delicado murmúrio do ar» (1Rs 19,11). Como és Tu brisa ligeira e subtil? Diz-me como tocas de forma tão leve e delicada, ó Verbo, Filho de Deus, Tu que és tão poderoso e terrivel. Feliz, mil vezes feliz, a alma que tocas de forma tão delicada! [...] «Tu a guardas no segredo da tua face, isto é, do teu Verbo, do teu Filho, ao abrigo das intrigas dos homens» (Sl 30,21).     

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