Evangelho
segundo S. Marcos 1,40-45.
Naquele tempo, veio ter com Jesus um leproso. Prostrou-se de joelhos e suplicou-Lhe: «Se quiseres, podes curar-me».Jesus, compadecido, estendeu a mão, tocou-lhe e disse: «Quero: fica limpo». No mesmo instante o deixou a lepra e ele ficou limpo. Advertindo-o severamente, despediu-o com esta ordem: «Não digas nada a ninguém, mas vai mostrar-te ao sacerdote e oferece pela tua cura o que Moisés ordenou, para lhes servir de testemunho». Ele, porém, logo que partiu, começou a apregoar e a divulgar o que acontecera, e assim, Jesus já não podia entrar abertamente em nenhuma cidade. Ficava fora, em lugares desertos, e vinham ter com Ele de toda a parte.
Naquele tempo, veio ter com Jesus um leproso. Prostrou-se de joelhos e suplicou-Lhe: «Se quiseres, podes curar-me».Jesus, compadecido, estendeu a mão, tocou-lhe e disse: «Quero: fica limpo». No mesmo instante o deixou a lepra e ele ficou limpo. Advertindo-o severamente, despediu-o com esta ordem: «Não digas nada a ninguém, mas vai mostrar-te ao sacerdote e oferece pela tua cura o que Moisés ordenou, para lhes servir de testemunho». Ele, porém, logo que partiu, começou a apregoar e a divulgar o que acontecera, e assim, Jesus já não podia entrar abertamente em nenhuma cidade. Ficava fora, em lugares desertos, e vinham ter com Ele de toda a parte.
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
São João da Cruz (1542-1591),
carmelita descalço, doutor da Igreja
A Viva Chama de Amor,
estrofe 2
estrofe 2
«Jesus estendeu a mão e
tocou-lhe»
Ó Vida Divina, Tu não tocas para matar, mas para dar a vida; Tu não
feres, senão para curar. Quando castigas, tocas ligeiramente e isso basta para
consumir o mundo. Quando afagas, pousas deliberadamente a tua mão forte, a
doçura da tua carícia não tem medida. Ó Mão Divina, feriste-me para me curar;
fazes morrer em mim o que me priva da vida de Deus, em quem agora me vejo vivo.
E fazes isso pela tua graça generosa, através do toque daquele que é «o
esplendor da tua glória, a figura da tua substância» (Heb 1,3), o teu Filho
único, a tua Sabedoria que «se estende com vigor de uma extremidade do mundo
até à outra» (Sab 8,1). Ele, o teu Filho único, mão misericordiosa do Pai, é o
toque delicado com que me tocaste, feriste e queimaste interiormente. Ó toque delicado, Verbo Filho de Deus, Tu penetras subtilmente na nossa alma
pela delicadeza do teu ser divino; toca-la tão delicadamente que a absorves
totalmente em Ti, de uma forma tão divina e tão suave «que nunca de tal se
ouviu falar em Canaã, nunca tal se viu no país de Teman» (Bar 3,22). Ó toque
delicado do Verbo, tão mais delicado para comigo quanto, derrubando as
montanhas e quebrando os rochedos do monte Horeb pela sombra do poder que Te precedia,
Te fizeste sentir pelo profeta Elias de forma tão suave e forte «no delicado
murmúrio do ar» (1Rs 19,11). Como és Tu brisa ligeira e subtil? Diz-me como
tocas de forma tão leve e delicada, ó Verbo, Filho de Deus, Tu que és tão
poderoso e terrivel. Feliz, mil vezes feliz, a alma que tocas de forma tão
delicada! [...] «Tu a guardas no segredo da tua face, isto é, do teu Verbo, do
teu Filho, ao abrigo das intrigas dos homens» (Sl
30,21).
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