Evangelho segundo S. Mateus 5,1-12.
Naquele
tempo, ao ver as multidões, Jesus subiu ao monte e sentou-Se. Rodearam-n’O os
discípulos, e Ele começou a ensiná-los, dizendo:
«Bem-aventurados os
pobres em espírito, porque deles é o reino dos Céus.
Bem-aventurados os que
choram, porque serão consolados.
Bem-aventurados os humildes, porque
possuirão a terra.
Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque
serão saciados.
Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão
misericórdia.
Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus.
Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus.
Bem-aventurados os que sofrem perseguição por amor da justiça, porque deles
é o reino dos Céus.
Bem-aventurados sereis, quando, por minha causa, vos
insultarem, vos perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós.
Alegrai-vos e exultai, porque é grande nos Céus a vossa recompensa. Assim
perseguiram os profetas que vieram antes de vós».
Tradução
litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
São João
Crisóstomo (c. 345-407), presbítero de Antioquia,
bispo de Constantinopla, doutor da Igreja
bispo de Constantinopla, doutor da Igreja
Homilia sobre a Segunda carta aos Coríntios
Só os cristãos estimam as coisas pelo seu
verdadeiro valor, não tendo os mesmos motivos para se regozijarem e se
entristecerem que o resto dos homens. À vista de um atleta ferido, levando na
cabeça a coroa de vencedor, quem nunca praticou um desporto considera somente as
feridas que fazem sofrer aquele homem e não imagina a felicidade que lhe
proporciona a sua recompensa. Assim fazem as pessoas de quem falamos: sabem que
sofremos provações, mas ignoram porque as suportamos e só consideram os nossos
sofrimentos; veem as lutas nas quais estamos envolvidos e os perigos que nos
ameaçam, mas as recompensas e as coroas permanecem-lhes ocultas, não menos que a
razão dos nossos combates. Como afirma S.Paulo: «Creem que nada temos, e nós
possuímos tudo» (2Cor 6,10). [...]
Por causa dos que nos olham, quando
somos submetidos a provações por amor a Cristo, suportemo-las corajosamente,
mais ainda, com alegria: se jejuamos, espelhemos alegria, como se estivéssemos
em delícias; se nos ultrajam, dancemos alegremente como se estivéssemos a ser
cumulados de elogios; se sofremos algum mal, consideremo-lo um ganho; se damos
alguma coisa a um pobre, persuadamo-nos de que recebemos. [...] Antes de tudo,
lembra-te de que combates pelo Senhor Jesus. Assim, entrarás na luta com gosto e
viverás sempre na alegria, porque nada nos torna mais felizes que uma boa
consciência.
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