Tomás Morus (1478-1535), chanceler do rei Henrique VIII da Inglaterra, estava preso e aguardava a execução da pena capital.
Que crime havia praticado? Alguma conspiração contra o rei? Ou algum desvio de verba?
Fizera o que fez João Batista. Protestou publicamente contra os adultérios do rei. Seria decapitado, a exemplo também do santo precursor de Jesus. Dias antes a esposa foi visitá-lo na prisão. E trouxe os filhos também. Apontando-os para ele, disse chorosa:
- Tomás, pense bem no que vai fazer. Quer deixar a mim e aos nossos filhos na orfandade? Por que não satisfaz o capricho do rei? Assim você fica livre da condenação, e nós da miséria.
- Mulher, respondeu pesaroso, durante quantos anos seremos felizes? Talvez uns vinte? Você quer que eu troque esses poucos anos de felicidade pelo remorso eterno?
Ela saiu chorando. Ele ficou chorando. Alguns dias depois, Tomás Morus caminhava de cabeça erguida para o lugar da execução. Antes de entregar o pescoço ao carrasco, afastou a longa barba que lhe caía sobre o peito e disse em tom de gracejo:
- Cuidado com a minha barba. Ela não cometeu crime algum.
Lição:Assim morrem os santos. Sobranceiros a toda a injustiça, na esperança de um novo reino.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa-Venerável Padre Pelágio CSsR
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