segunda-feira, 14 de julho de 2014

EVANGELHO DO DIA 14 DE JUNHO

Evangelho segundo S. Mateus 10,34-42.11,1.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus apóstolos: «Não penseis que vim trazer a paz à terra; não vim trazer a paz, mas a espada. Porque vim separar o filho do seu pai, a filha da sua mãe e a nora da sua sogra; de tal modo que os inimigos do homem serão os seus familiares. Quem amar o pai ou a mãe mais do que a mim, não é digno de mim. Quem amar o filho ou filha mais do que a mim, não é digno de mim. 
Quem não tomar a sua cruz para me seguir, não é digno de mim. Aquele que conservar a vida para si, há-de perdê-la; aquele que perder a sua vida por causa de mim, há-de salvá-la.» «Quem vos recebe, a mim recebe; e quem me recebe, recebe aquele que me enviou. Quem recebe um profeta por ele ser profeta, receberá recompensa de profeta; e quem recebe um justo, por ele ser justo, receberá recompensa de justo. E quem der de beber a um destes pequeninos, ainda que seja somente um copo de água fresca, por ser meu discípulo, em verdade vos digo: não perderá a sua recompensa.» Quando Jesus acabou de dar estas instruções aos doze discípulos, partiu dali, a fim de ir ensinar e pregar nas suas cidades. 
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia: 
Eusébio de Cesareia (c. 265-340), bispo, teólogo, historiador 
Sobre a palavra do Senhor: «Não penseis que vim trazer a paz à Terra»; PG 24, 1176 
«Quando lhes falo de paz, logo eles falam de guerra» (Sl 119,7)
Jesus veio «reconciliar todas as coisas, pacificando com o sangue da sua cruz tanto as que estão na Terra como as que estão no céu» (Col 1,20). Se isto é verdade, como compreenderemos nós o que o próprio Salvador diz no Evangelho: «Não penseis que vim trazer a paz à Terra»? […] Acaso poderia a paz não trazer a paz? 
Quando enviou o seu Filho, o desígnio de Deus era salvar os homens. E a missão que devia cumprir era a de estabelecer a paz no céu e na Terra. Então porque não há paz? Por causa da fraqueza daqueles que não conseguiram receber o brilho da Luz verdadeira (cf Jo 1, 9-10). Cristo proclama a paz; é o que diz também o apóstolo Paulo: «Ele é a nossa paz» (Ef 2,14); mas trata-se unicamente da paz daqueles que crêem e que O recebem. 
Certa filha fez-se crente, mas seu pai continua descrente […]: «que parte pode ter o fiel com o infiel?» (2Cor 6,15). Torna-se crente o filho, mas o pai mantém-se incrédulo […]: onde a paz é proclamada, instala-se a confusão […]. «Proclamo a paz, sim, mas a Terra não a recebe.» Não era este o desígnio do semeador, que esperava o fruto da Terra. 

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