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Santa Casilda de Toledo
Francisco de Zurbarán,
1630-35
Museo Thyssen-Bornemisza,
Madrid |
Nasceu em Toledo na Espanha em 1050 e era filha de um rei mouro de Toledo, que odiava qualquer coisa relacionada com Jesus Cristo. Cacilda secretamente visitava os cativos cristãos, alimentava-os e cuidava dos doentes. Acredita-se que escapou de contrair varias doenças por milagre e ainda que levava rosas no colo e ao chegar à prisão as rosas se transformavam em pães com os quais ela alimentavam os cristãos presos. Diz ainda a tradição, que quando os guardas a surpreendiam com pães, esses transformavam-se em rosas. Isto acabou enfurecendo o seu pai que ordenou a sua prisão e a mandou torturar para que renegasse a sua fé. Ela conseguiu escapar milagrosamente e foi ser uma eremita anacoreta perto de Briviesca, em Burgos e com muita alegria aí foi batizada. Ela é muito venerada em Burgos, Toledo e Saragoça. Na arte litúrgica ela é representada como uma jovem sarracena, carregando rosas no colo e as vezes com pães que se transformam em rosas. Ela é invocada em tempos de guerra.
“Poesia” é o significado de Cacilda, em árabe. A princesa poeta, filha do emir de Toledo durante o domínio mouro na Península Ibérica, século X. De educação severa no islamismo, tinha compaixão pelos cristãos maltratados nas masmorras do pai. Levava a eles pão, nas dobras do vestido. Repare nas roupas que lhe pintou Zurbarán. Quando a guarda reparou, pediu a mostra: levantou as mãos e eram flores. A lenda do milagre. Depois adoeceu e foi desacreditada pelos médicos do emirado. Acabou encontrando esperança no cristianismo. Peregrinou para banhar-se em águas milagrosas. Quando sarou da doença, abandonou tudo e virou eremita. Morreu velha e virgem, na velha ermida. Virou Santa, milagres atribuídos, história da arte.
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