domingo, 6 de abril de 2025

EVANGELHO DO DIA 6 DE ABRIL

Evangelho segundo São João 8,1-11. 
Naquele tempo, Jesus foi para o monte das Oliveiras. Mas, de manhã cedo, apareceu outra vez no Templo, e todo o povo se aproximou dele. Então sentou-Se e começou a ensinar. Os escribas e os fariseus apresentaram a Jesus uma mulher surpreendida em adultério, colocaram-na no meio dos presentes e disseram a Jesus: «Mestre, esta mulher foi surpreendida em flagrante adultério. Na Lei, Moisés mandou-nos apedrejar tais mulheres. Tu, que dizes?». Falavam assim para Lhe armarem uma cilada e terem pretexto para O acusar. Mas Jesus inclinou-Se e começou a escrever com o dedo no chão. Como persistiam em interrogá-lo, ergueu-Se e disse-lhes: «Quem de entre vós estiver sem pecado atire a primeira pedra». Inclinou-Se novamente e continuou a escrever no chão. Eles, porém, quando ouviram tais palavras, foram saindo um após outro, a começar pelos mais velhos, e ficou só Jesus e a mulher, que estava no meio. Jesus ergueu-Se e disse-lhe: «Mulher, onde estão eles? Ninguém te condenou?». Ela respondeu: «Ninguém, Senhor». Disse então Jesus: «Nem Eu te condeno. Vai e não tornes a pecar». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Santo Ambrósio(340-397) 
Bispo de Milão, doutor da Igreja 
Carta 26, 11-20 ; PL 16, 1044-1046 
O sol da justiça: a Nova Lei no Templo 
Uma mulher culpada de adultério é levada pelos escribas e os fariseus à presença do Senhor Jesus. Eles formulam a acusação como traidores, de tal maneira que, se Jesus a absolver, dará a ideia de estar a violar a Lei; se a condenar, dará a impressão de ter alterado a razão da sua vinda, porque Ele veio para perdoar os pecados de todos. Enquanto eles falavam, Jesus, de cabeça baixa, escrevia na terra com um dedo. Vendo que eles esperavam uma resposta, levantou a cabeça e disse: «Quem de entre vós estiver sem pecado atire a primeira pedra». Haverá coisa mais divina que este veredicto? Aquele que estiver sem pecado que castigue o pecador. Com efeito, como se pode tolerar que um homem condene o pecado de outro quando desculpa o seu próprio pecado? Não é certo que este se condena ainda mais ao condenar noutro o pecado que ele próprio comete? Jesus falou assim enquanto escrevia no chão. Porque o fazia? Era como se dissesse: «Porque vês o argueiro que o teu irmão tem na vista e não reparas na trave que está na tua?» (Lc 6,41). Ele escrevia no chão com o mesmo dedo com que havia redigido a Lei (cf Ex 31,18). Os pecadores serão inscritos na Terra e os justos no Céu, como Jesus disse aos discípulos: «Alegrai-vos antes porque os vossos nomes estão escritos no Céu» (Lc 10,20). Ao ouvirem Jesus, os fariseus «foram saindo um após outro, a começar pelos mais velhos». O evangelista tem razão em afirmar que eles saíram, pois estes homens não queriam estar com Cristo. Aquilo que se encontra no exterior do Templo é terra; no interior encontram-se os mistérios. O que eles procuravam nos ensinamentos divinos eram as folhas, não eram os frutos das árvores; eles viviam à sombra da Lei, e por isso não eram capazes de ver o sol da justiça (cf Mal 3,20).

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