Evangelho segundo São Mateus 11,16-19.
Naquele tempo, disse Jesus à multidão: «A quem poderei comparar esta geração? É como os meninos sentados nas praças, que se interpelam uns aos outros, dizendo:
“Tocámos flauta e não dançastes; entoámos lamentações e não chorastes”.
Veio João Batista, que não comia nem bebia, e dizem que tinha o demónio com ele.
Veio o Filho do homem, que come e bebe, e dizem: "É um glutão e um ébrio, amigo de publicanos e pecadores". Mas a sabedoria foi justificada pelas suas obras».
Tradução litúrgica da Bíblia
Monja beneditina(1256-1301)
Exercícios, n.°8 Sexta; SC 127
«É por Ele que vós estais em Cristo Jesus,
que Se tornou para nós
sabedoria que vem de Deus, j
ustiça, santificação e redenção» (1Cor 1,30)
Ó Sabedoria admirável de Deus, poderosa e brilhante é a tua voz! Tu chamas a Ti sem exceção todos os que Te desejam; fazes dos humildes a tua morada; confortas os que Te confortam (cf Pr 8,17); julgas a causa do pobre; com bondade, de todos tens piedade. «Não detestas nada do que fizeste», «desvias os olhos dos pecados dos homens» e esperas misericordiosamente que venham penitenciar-se (Sab 11,23-24). Tu, que renovas todas as coisas com a tua graça, renova-me e santifica-me em Ti, para que possas estabelecer-Te na minha alma. Faz que eu vele por Ti desde a aurora, para Te encontrar na verdade (cf Is 26,9; Sab 6,12-14); manifesta-Te diante de mim, para que em verdade eu Te deseje com ardor.
Com que prudência ages em teus desígnios! Com que providência dispões de tudo, Tu que, para salvar o homem, inspiraste ao Rei de glória (cf Sl 23,8; 1Cor 2,8) o pensamento da paz, o cumprimento da caridade: ocultando a sua majestade, impuseste sobre os seus ombros o momento favorável do amor, para que, subindo ao madeiro, Ele carregasse com os nossos pecados (cf 1Ped 2,24). Oh, sim, Sabedoria luminosa de Deus, a malícia do demónio não pode travar as tuas obras magníficas; a amplidão do mal que fizemos não prevaleceu contra a multidão das tuas misericórdias, contra a imensidão do teu amor, contra a plenitude da tua bondade. Mais ainda, o teu zelo soberano ultrapassou todos os obstáculos, tudo governando com bondade, chegando «com vigor de uma extremidade à outra» do mundo (Sab 8,1).
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