Evangelho segundo São Lucas 11,42-46.
Naquele tempo, disse o Senhor: «Ai de vós, fariseus, porque pagais o dízimo da hortelã, da arruda e de todas as hortaliças, mas desprezais a justiça e o amor de Deus! Devíeis praticar estas coisas, sem omitir aquelas.
Ai de vós, fariseus, porque gostais do primeiro lugar nas sinagogas e das saudações na praça pública!
Ai de vós, porque sois como sepulcros disfarçados, sobre os quais passamos sem o saber!».
Então um dos doutores da lei tomou a palavra e disse a Jesus: «Mestre, ao dizeres essas palavras também nos insultas a nós».
Jesus respondeu: «Ai de vós também, doutores da lei, porque impondes aos homens fardos insuportáveis e vós próprios nem com um só dedo tocais nesses fardos!».
Tradução litúrgica da Bíblia
(1887-1968)
capuchinho
AP; CE 47
«Ai de vós, fariseus, porque gostais
do primeiro lugar nas sinagogas e
das saudações na praça pública!»
A verdadeira humildade de coração, mais do que exteriorizada, é sobretudo sentida e vivida. De facto, temos de nos mostrar sempre humildes na presença de Deus, mas não com aquela falsa humildade que apenas leva ao desânimo, ao abatimento e ao desespero. Desconfiemos de nós próprios, não pondo os nossos interesses acima dos dos outros, mas considerando-nos inferiores ao próximo.
Se é preciso ter paciência para suportar as misérias dos outros, mais paciência ainda é preciso ter para aprendermos a suportar-nos a nós próprios. Porque as tuas infidelidades são quotidianas, tens de praticar contínuos atos de humildade. Quando o Senhor te vir assim arrependido, estender-te-á a mão e atrair-te-á a Si.
Neste mundo, ninguém merece nada; tudo nos vem do Senhor, por pura benevolência e porque, na sua infinita bondade, Ele nos perdoa tudo.
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