João Adalberto (Jan) Balicki nasceu em 25 de Janeiro de 1869, na localidade de Staromiescie.
Cresceu numa família profundamente religiosa, rica de honestidade e virtude. Depois de ter concluído os estudos secundários, cheio de amor pátrio entrou no seminário de Przemysl e, após quatro anos de preparação espiritual e intelectual, foi ordenado Sacerdote, no dia 20 de Julho de 1892, e imediatamente escolhido como assistente do pároco de Polna.
Homem de oração, confessor paciente e grande pregador, continuou os seus estudos na Pontifícia Universidade Gregoriana em Roma, consciente da sua responsabilidade: como sacerdote, continuar a fazer progredir na perfeição cristã; e, como aluno, concluir os estudos teológicos em ordem a obter o melhor resultado para a sua vida concreta na fé e o enriquecimento espiritual dos destinatários do seu futuro ministério.
No final de um quadriênio acadêmico, em 1897 regressou à Polônia e foi nomeado Professor de Teologia Dogmática no seminário diocesano de Przemysl dos Latinos. Ele estava convencido de que a Teologia é não apenas a ciência relativa a Deus, mas também a ciência que leva o homem a alcançar o próprio Deus. Assim, as suas lições constituíam verdadeiras meditações sobre os mistérios divinos e tinham grande influência sobre a formação moral dos alunos.
No ano de 1928, em espírito de obediência aos seus superiores, aceitou a nomeação para reitor do seminário, cargo este a que, em 1934, teve de renunciar por motivos de saúde, dedicando-se então exclusivamente às confissões e à direção espiritual. Muitos dos seus penitentes puderam dar testemunho do seu extraordinário dom de penetração nas profundidades da alma e de sincera abertura interior a todos, sem qualquer distinção, fazendo dele não só um juiz ou um "doador de absolvição", mas, sobretudo, um incomparável promotor do crescimento espiritual das almas que a ele recorriam em busca de alívio.
Durante a Segunda Guerra Mundial, que atingiu duramente a Polônia dividindo-a em dois blocos, o Padre João Adalberto Balicki permaneceu sempre próximo aos seus fiéis, ajudando-os de todas as formas possíveis. Em Fevereiro de 1948, gravemente enfermo, foram-lhe diagnosticadas duas doenças: pneumonia e tuberculose, já em estado avançado. Foi imediatamente hospitalizado, mas era demasiado tarde: de fato, faleceu no dia 15 de Março desse mesmo ano.
Após a sua morte, a fama da sua santidade espalhou-se na Polônia e entre os polacos da diáspora. Quem o conhecia, confirmava que a sua vida era motivada exclusivamente pelo desejo de ser o último de entre os seus irmãos. Com efeito, a sua humildade era simples, natural e autêntica, enquanto lhe impedia de chamar a atenção dos outros para as suas próprias dores, dificuldades ou sofrimentos. Um dos frutos mais excelsos da sua humildade era o seu grande amor a Deus e ao próximo, que o levava a tender constantemente para o Senhor.
Além disso, durante a sua vida ministerial, João Adalberto não se cansava de realçar o valor das virtudes no crescimento da vida espiritual, sobretudo a mortificação, a paciência e a humildade de que ele era um portador exemplar: a mortificação submete a natureza à graça; a paciência, inseparável do amor, torna o homem capaz de fazer sacrifícios por Deus; e a humildade aniquila o egoísmo e põe Deus no centro do coração do homem. E só é possível alcançar tudo isto através da oração sincera, que é a elevação da mente e do coração do ser humano a Deus.
Profeticamente, em 22 de Dezembro de 1975, o então Cardeal Karol Wojtyla escreveu ao Papa Paulo VI, pedindo-lhe que o reconhecesse como modelo para os presbíteros do nosso tempo.
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