São Romão do Coronado celebra hoje, 18 de Novembro, a festa do seu padroeiro, o Mártir São Romão.
Porque são vários os santos com o nome de São Romão, consultamos a página da Paróquia de São Romão do Coronado onde, pela narrativa aí apresentada, ficamos a saber que o seu padroeiro é São Romão de Antioquia.
Romão, seria soldado quando se converteu ao cristianismo, ao assistir em Roma ao martírio de São Lourenço, no ano 258.
Já como Diácono, estaria em Antioquia da Síria quando ocorreu a última grande perseguição aos cristãos no tempo do Império Romano, nos anos de 244 a 311, decretada pelo Imperador Diocleciano.
Ao ver que o prefeito romano Asclepíades se preparava para destruir a sua igreja, exortou os cristãos a resistir.
Por isso, foi preso e torturado ao ponto de o prefeito ter ordenado que lhe fosse cortada a língua para que não pudesse continuar a exortar os pagãos à conversão.
A tradição apresenta como facto milagroso que São Romão tivesse continuado a falar sem a língua o que levou a que, para o calarem definitivamente, fosse estrangulado na prisão no ano 303.
Também Santa Eulália, com já aqui referimos, foi vítima dessa grande perseguição, sendo martirizada no ano 304.
No entanto convém referir que a iconografia não corresponde propriamente com a narrativa da vida do Mártir.
O facto de a imagem apresentar São Romão com vestes de Bispo – incluindo o Báculo, ainda que com um livro na mão mas sem a palma de mártir na outra, sugere que possa tratar-se de um outro São Romão que não o de Antioquia.
Deixamos o desafio a quem possa vir a esclarecer a dúvida aqui levantada, a fim de esclarecer a mensagem que os nossos padroeiros querem transmitir-nos, como é referido em texto do Secretariado Diocesano da Liturgia (do Porto):
Na diocese do Porto, há uma devoção a S. Romão que não é despicienda.
Estamos perante variadíssimos santos com o mesmo nome que, por vezes, poderá não ser fácil identificar, sem recurso às origens e motivos da devoção popular.
É interessante elencar: bispo, abade, presbítero, diácono, monge, mártir e cantor.
Poderá até acontecer uma mescla iconográfica que espelha certa perda de identidade e, por consequência, a criação de um tipo híbrido.
Serão, por isso, bem‐vindos os estudos particulares e aprofundados a fim de se conhecer a origem da devoção local e o seu posterior desenvolvimento.
Também é de interesse pastoral o esforço de purificação da iconografia, a fim de esclarecer a mensagem que os nossos padroeiros querem transmitir‐nos.
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