quinta-feira, 14 de outubro de 2021

EVANGELHO DO DIA 14 DE OUTUBRO

Evangelho segundo São Lucas 11,47-54. 
Naquele tempo, disse o Senhor aos doutores da lei: «Ai de vós, porque edificais os túmulos dos profetas, quando foram os vossos pais que os mataram. Assim dais testemunho e aprovação às obras dos vossos pais, porque eles mataram-nos e vós levantais os monumentos. É por isso que a Sabedoria de Deus disse: "Eu lhes enviarei profetas e apóstolos; e eles hão de matar uns e perseguir outros". Mas Deus vai pedir contas a esta geração do sangue de todos os profetas, que foi derramado desde a criação do mundo, desde o sangue de Abel até ao sangue de Zacarias, que pereceu entre o altar e o Santuário. Sim, Eu vos digo que se pedirão contas a esta geração. Ai de vós, doutores da lei, porque tirastes a chave da ciência: vós não entrastes e impedistes os que queriam entrar!». Quando Jesus saiu dali, os escribas e os fariseus começaram a persegui-lo terrivelmente e a provocá-lo com perguntas sobre muitas coisas, armando-Lhe ciladas, para O surpreenderem nalguma palavra da sua boca. 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Balduíno de Ford(1190) 
Abade cisterciense, depois bispo 
O Sacramento do altar, II, 1; SC 93 
«Os escribas e os fariseus 
começaram a persegui-lo terrivelmente 
e a provocá-lo, armando-Lhe ciladas» 
«Deus amou tanto o mundo que 
lhe deu o seu Filho único» (Jo 3,16). 
Este Filho único não foi oferecido porque os seus inimigos prevaleceram, mas «porque Ele próprio quis» (Is 53,10-11): amou os seus e amou-os «até ao fim» (Jo 13,1). O fim é a morte, que Ele aceitou por aqueles que ama; esse é o fim de toda a perfeição, o fim do amor perfeito, porque «ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida pelos seus amigos» (Jo 15,13). Na morte de Cristo, o seu amor foi mais poderoso do que o ódio dos seus inimigos; pois o ódio só fez o que o amor lhe permitiu. Judas, ou os inimigos de Cristo, entregaram-no à morte por um ódio maldoso. O Pai entregou o seu Filho e o Filho entregou-Se a Si mesmo por amor (cf Rom 8,32; Gal 2,20). Mas o amor não é culpado de traição; está inocente, mesmo quando Cristo morre por sua causa. Porque apenas o amor pode fazer impunemente o que lhe agrada, apenas o amor pode coagir a Deus e como que impor-se-Lhe. Foi ele que O fez descer do Céu e O pregou à cruz, ele que derramou o sangue de Cristo para remissão dos pecados, num ato tão inocente como salutar. Todas as ações que fazemos para a salvação do mundo são, pois, devidas ao amor. E este insta-nos, por uma lógica que se nos impõe, a amar a Cristo tanto quanto outros O odiaram.

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