Evangelho segundo São João 6,24-35.
Naquele tempo, quando a multidão viu que nem Jesus nem os seus discípulos estavam à beira do lago, subiram todos para as barcas e foram para Cafarnaum, à procura de Jesus.
Ao encontrá-lo no outro lado do mar, disseram-Lhe: «Mestre, quando chegaste aqui?».
Jesus respondeu-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo: vós procurais-Me, não porque vistes milagres, mas porque comestes dos pães e ficastes saciados.
Trabalhai, não tanto pela comida que se perde, mas pelo alimento que dura até à vida eterna e que o Filho do homem vos dará. A Ele é que o Pai, o próprio Deus, marcou com o seu selo».
Disseram-Lhe então: «Que devemos nós fazer para praticar as obras de Deus?».
Respondeu-lhes Jesus: «A obra de Deus consiste em acreditar naquele que Ele enviou».
Disseram-Lhe eles: «Que milagres fazes Tu, para que nós vejamos e acreditemos em Ti? Que obra realizas?
No deserto os nossos pais comeram o maná, conforme está escrito: "Deu-lhes a comer um pão que veio do Céu"».
Jesus respondeu-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo: não foi Moisés que vos deu o pão do Céu; meu Pai é que vos dá o verdadeiro pão do Céu.
O pão de Deus é o que desce do Céu para dar a vida ao mundo».
Disseram-Lhe eles: «Senhor, dá-nos sempre desse pão».
Jesus respondeu-lhes: «Eu sou o pão da vida: quem vem a Mim nunca mais terá fome, quem acredita em Mim nunca mais terá sede».
Tradução litúrgica da Bíblia
(1910-1997)
Fundadora das Irmãs
Missionárias da Caridade
«The Word To Be Spoken»,cap.6
«Eu sou o pão da vida:
quem vem a Mim nunca mais terá fome»
Diz a Escritura, falando da ternura de Deus pelo mundo, que «tanto amou Deus o mundo, que lhe entregou o seu Filho Unigénito», Jesus (Jo 3,16), para ser como nós e nos trazer a boa nova de que Deus é amor, de que Deus vos ama e me ama. Deus quer que nos amemos uns aos outros como Ele ama cada um de nós (cf Jo 13,34).
Olhando para a cruz, ficamos a saber até que ponto Jesus nos amou. Quando olhamos para a eucaristia, sabemos quanto nos ama agora. Foi por isso que Se fez «pão de vida»: para satisfazer a nossa fome do seu amor; e, como se não bastasse, tornou-Se Ele próprio o faminto, o indigente, o sem abrigo, para que vós e eu pudéssemos satisfazer a sua fome do nosso amor humano. Porque foi para isso que fomos criados, para amar e ser amados.
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