sábado, 16 de maio de 2020

REFLETINDO A PALAVRA - “Pastor e Guia”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA
REDENTORISTA
52 ANOS CONSAGRADO
44 ANOS SACERDOTE
(ao lado, PADRE JOSÉ OSCAR BRANDÃO,
 nosso estimado diretor)
Conduzi às alegrias celestes 
A figura do pastor é frequente nas Sagradas Escrituras para nos revela uma das mais caras no caminho espiritual Pai é lembrado tantas vezes com o título e função de pastor. Quando Jesus diz “Eu sou o bom pastor”, está Se identificando com o Pai e indicando nosso relacionamento com Ele. Jesus ressuscitado é o Pastor que conduz o povo. Como Bom Pastor veio conduzir suas ovelhas em seu caminho. É um intercâmbio natural: “As minhas ovelhas ouvem a minha voz e Eu as conheço e elas me seguem. Dou-lhes a Vida Eterna e elas jamais se perderão. O Pai e Eu somos um” (Jo 10,27-28); Seu relacionamento com o Pai é a escola para nós. É necessário fundamentar nossa fé nessa unidade de vida do Pai e do Filho no Espírito. Esse amor da Trindade sempre nos coloca em relacionamento de conhecimento: “Sim, é bom o Senhor e nosso Deus, Sua bondade permanece para sempre (Sl 99). Ser ovelha que segue o Bom Pastor abre-nos à reflexão sobre o conhecimento mútuo. Trata-se de um conhecimento que supera a linha do saber. É um conhecimento na linha do amor que existe entre o Pai e o Filho. Esse conhecimento que supera a inteligência e abre ao encontro com o Pastor. É um conhecimento que entra no existir e vivência cotidiana da vida das pessoas. Esse conhecimento não é um misticismo, mas se realiza e interfere na vida da comunidade. É uma comunidade que escuta. As ovelhas seguem aonde Ele vai, pois ouvem sua voz. Ao mútuo conhecimento geram o amor. 
Alcançar a fortaleza do Pastor 
Os apóstolos causavam grande admiração. Paulo e Barnabé, com sua presença evangelizadora provocam alegrias aos pagãos e ciúmes entre os judeus. A pregação do Evangelho é motivo de serem apedrejados. Os judeus instigaram mulheres piedosas e ricas, assim como homens influentes provocaram uma perseguição contra Paulo e Barnabé. É notório que pessoas de posse, usem a Igreja. Acham bela a doutrina, mas não admitem que ela penetre a vida. Temos nas comunidades as donas e donos da Igreja. Com isso criam obstáculo. Querem ser donos de Deus para que estejam a seu favor. Paulo declara que irá aos pagãos porque os judeus que tinham direito à Palavra recusaram. Deus continua chamando as ovelhas com sua voz. Esse chamado pode nos levar à perseguição. O que move à pregação é a fidelidade ao dom que receberam. Paulo confessa a verdade de sua força apostólica: “Eu te coloquei como luz para as nações, para que leves a salvação até os confins da terra” (At 13,47). Sempre fiel a Deus, anunciando Jesus como Salvador 
Apesar da fraqueza 
Os apóstolos Paulo e Barnabé sofreram a perseguição por causa do Evangelho. É o lado humano de nossa união com Cristo. Podemos conferir na história da fé cristã que veremos que os tempos de perseguição surgem quando se é fiel ao Evangelho. Contudo não podemos olhar só as perseguições, mas também as vitórias que a fé nos traz. Depois de muito sofrimento por serem cristãos, a fé se firmou e nasceu uma Igreja vigorosa. É o que o livro do Apocalipse anota quando vê a multidão dos redimidos: “Esses são os que vieram da grande tribulação. Lavaram e alvejaram suas roupas no sangue do Cordeiro” (Ap 7,14b). Quem seguir Jesus com entrega total de vida participa da multidão que está diante do trono. A grande chamada que a Igreja faz é pelo entusiasmo de anunciar. Conhece os sofrimentos, mas sabe que depois da Cruz veio a Ressurreição. A celebração da Igreja é o momento de tomar vigor e força de evangelização. 
Fazendo o Céu com os dedos. 
Temos maravilhas idéias que quere mos serem realidade. Não deixa de ser, pois o Reino de Deus está nas pequenas coisas feitas no amor. O termo bom pastor enche o coração de quem busca Deus. Volta-se em vida a algo muito bom. A verdes pastagens me conduzem. O sonho de um lugar florido, de belas paisagens pode nos encantar. Esse é um paraíso distante. Os sonhos são realidades em nosso coração. Sonhamos, como tendo, como criando um mundo novo dentro de nós. Assim Jesus diz de seus seguidores que, com poucas palavras, mas muitos gestos criam o Céu que esperamos. E podemos conversar com Ele.

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