sexta-feira, 1 de maio de 2020

EVANGELHO DO DIA 1 DE MAIO

Evangelho segundo São João 6,52-59. 
Naquele tempo, os judeus discutiam entre si: «Como pode Jesus dar-nos a sua carne a comer?». E Jesus disse-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo: se não comerdes a carne do Filho do homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna; e Eu o ressuscitarei no último dia. A minha carne é verdadeira comida e o meu sangue é verdadeira bebida. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em Mim e Eu nele. Assim como o Pai, que vive, Me enviou e Eu vivo pelo Pai, também aquele que Me come viverá por Mim. Este é o pão que desceu do Céu; não é como o dos vossos pais, que o comeram e morreram: quem comer deste pão viverá eternamente». Assim falou Jesus, ao ensinar numa sinagoga, em Cafarnaum. 
Tradução litúrgica da Bíblia  
São Columbano(563-615) 
monge, fundador de mosteiros 
Instrução Espiritual,12,2,3
«A minha carne é verdadeira comida 
e o meu sangue é verdadeira bebida» 
Queridos irmãos, saciai a vossa sede nas águas da divina fonte de que desejamos falar-vos: saciai-a, mas não a extingais; bebei, mas não vos sintais saciados. A fonte viva, fonte de vida, chama-nos e diz-nos: «Se alguém tem sede, venha a Mim e beba» (Jo 7,37). Compreendei o que bebeis. Que vo-lo ensine o profeta Jeremias e a própria fonte de água viva: «Oráculo do Senhor, abandonaram-Me, a Mim, nascente de águas vivas» (Jer 2,13). Esta fonte de vida é o Senhor nosso Deus, Jesus Cristo, que nos convida a ir a Ele e a bebê-lo. Bebe-O aquele que ama, bebe-O aquele que se alimenta da Palavra de Deus. Bebamos, pois, da fonte que outros abandonaram. Para que comamos deste pão, para que bebamos desta fonte, Ele diz-Se o «pão vivo que dá a vida ao mundo» (Jo 6,51) e que nós devemos comer. Vede de onde mana esta fonte, vede de onde desce este pão: com efeito, eles são o mesmo, o pão e a fonte, são o Filho unigénito, o nosso Deus, Cristo Senhor, de quem devemos ter sempre fome. O nosso amor no-lo dá em alimento; o nosso desejo leva-nos a comê-lo; saciados, desejamo-lo ainda. Corramos para Ele como para uma fonte e bebamos sempre dele no excesso do nosso amor, bebamo-lo continuamente, num desejo sempre novo, rejubilemos com a doçura do seu amor, pois o Senhor é bom. Comemo-lo e bebemo-lo sem deixar de ter fome e sede dele, pois não podemos esgotar este alimento nem esta bebida. Comemos deste pão sem o esgotarmos; bebemos desta fonte e ela não seca. Este pão é eterno, esta fonte jorra sem fim.

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