segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

EVANGELHO DO DIA 16 DE DEZEMBRO

Evangelho segundo São Mateus 21,23-27. 
Naquele tempo, Jesus foi ao Templo e, enquanto ensinava, aproximaram-se dele os príncipes dos sacerdotes e os anciãos do povo, que Lhe perguntaram: «Com que autoridade fazes tudo isto? Quem Te deu tal direito?» Jesus respondeu-lhes: «Vou fazer-vos também uma pergunta e, se Me responderdes a ela, dir-vos-ei com que autoridade faço isto. Donde era o batismo de João? Do Céu ou dos homens?» Mas eles começaram a deliberar, dizendo entre si: «Se respondermos que é do Céu, vai dizer-nos: "Porque não lhe destes crédito?" E se respondermos que é dos homens, ficamos com receio da multidão, pois todos consideram João como profeta». E responderam a Jesus: «Não sabemos». Ele por sua vez disse-lhes: «Então não vos digo com que autoridade faço isto». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Santo Agostinho(354-430) 
bispo de Hipona (norte de África), 
doutor da Igreja 
Homilias sobre os salmos, Salmo 109 
«Não sabemos» 
Na verdade, meus irmãos, aquilo que Deus prometia parecia inacreditável aos homens: que, a partir deste estado mortal em que são corruptíveis, desprezíveis, fracos, pó e cinzas, se tornariam iguais aos anjos de Deus! Foi por isso que Deus não Se limitou a estabelecer com os homens o contrato das Escrituras para que acreditassem, mas optou por um mediador e garante da sua fé: e não foi um príncipe, nem um anjo, nem um arcanjo, mas o seu Filho único. Assim, através do seu próprio Filho, mostrou-nos o caminho pelo qual nos conduziria ao fim que nos havia prometido. Porém, para Deus era pouco o seu Filho mostrar-nos o caminho; assim, Deus fez dele o caminho (Jo 14,6), que seguirás sob a sua direção, o caminho que trilharás. […] Como estávamos longe dele! Ele tão acima e nós tão em baixo! Estávamos doentes, sem esperança de cura. Foi enviado um médico, mas o doente não o reconheceu, pois «se de facto O tivessem conhecido não teriam crucificado o Senhor da glória» (1Cor 2,8). Mas a morte do médico foi o remédio do doente; o médico tinha vindo visitá-lo e morreu para o curar. Ele fez entender aos que acreditaram nele que era Deus e homem: Deus que nos criou e homem que nos recriou. Uma coisa era visível nele, a outra estava oculta; e o que estava oculto era muito mais importante do que o que se via. […] O doente foi curado pelo que estava visível para se tornar capaz de ver plenamente mais tarde. Ocultando esta visão suprema, Deus diferia-a, não a recusava.

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