sábado, 2 de março de 2019

EVANGELHO DO DIA 2 DE MARÇO

Evangelho segundo São Marcos 10,13-16. 
Naquele tempo, apresentaram a Jesus umas crianças para que Ele lhes tocasse, mas os discípulos afastavam-nas. Jesus, ao ver isto, indignou-Se e disse-lhes: «Deixai vir a Mim as criancinhas, não as estorveis: dos que são como elas é o reino de Deus. Em verdade vos digo: Quem não acolher o reino de Deus como uma criança não entrará nele». E, abraçando-as, começou a abençoá-las, impondo as mãos sobre elas. 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São Clemente de Alexandria (150-c. 215) 
teólogo 
O Pedagogo, I, 12, 17; SC 70 
«Dos que são como elas é o reino de Deus» 
O papel de Cristo, nosso Pedagogo, é, como o nome indica, o de conduzir as crianças. Resta avaliar a que crianças quer a Escritura referir-se, e depois dar-lhes o Pedagogo. As crianças somos nós. A Escritura celebra-nos de diferentes formas, serve-se de imagens diversas para nos designar, colorindo com muitos tons a simplicidade da fé. Diz o Evangelho que o Senhor Se apresentou na margem e Se dirigiu aos seus discípulos que tinham estado a pescar, dizendo: «Rapazes, tendes algum peixe que se coma?» (Jo 21,4-5) Era aos discípulos que Ele chamava «rapazes». «Apresentaram a Jesus umas crianças para que Ele lhes tocasse, mas os discípulos afastavam-nas. Jesus, ao ver isto, indignou-Se e disse-lhes: "Deixai vir a Mim as criancinhas, não as estorveis: dos que são como elas é o reino de Deus".» O próprio Senhor esclarece o sentido destas palavras dizendo: «Se não voltardes a ser como as criancinhas, não podereis entrar no reino dos Céus» (Mt 18,3). E não está a falar da regeneração, mas a propor-nos que imitemos a simplicidade das crianças. [...] Pode-se realmente considerar que aqueles que só conhecem Deus como Pai – que são como recém-nascidos, simples e puros – são como crianças. [...] São seres que progrediram no Verbo, que Ele convida a desligarem-se das preocupações deste mundo, para escutarem apenas o Pai, imitando as crianças. É por isso que lhes diz: «Não vos preocupeis com o dia de amanhã. Basta a cada dia o seu trabalho» (Mt 6,34), exortando-nos a distanciarmo-nos dos problemas deste mundo, para nos dedicarmos apenas ao nosso Pai. Aquele que pratica este mandamento é um verdadeiro recém-nascido, uma criança para Deus e para o mundo, pois este considera-o um ignorante e Aquele um alvo da sua ternura.

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