domingo, 19 de agosto de 2018

EVANGELHO DO DIA 19 DE AGOSTO

Evangelho segundo S. João 6,51-58. 
Naquele tempo, disse Jesus à multidão: «Eu sou o pão vivo que desceu do Céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. E o pão que Eu hei de dar é a minha carne, que Eu darei pela vida do mundo». Os judeus discutiam entre si: «Como pode Ele dar-nos a sua carne a comer?». E Jesus disse-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo: se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna; e Eu o ressuscitarei no último dia. A minha carne é verdadeira comida e o meu sangue é verdadeira bebida. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em Mim e Eu nele. Assim como o Pai, que vive, Me enviou e Eu vivo pelo Pai, também aquele que Me come viverá por Mim. Este é o pão que desceu do Céu; não é como o dos vossos pais, que o comeram e morreram: quem comer deste pão viverá eternamente».
Tradução litúrgica da Bíblia 
São João Paulo II (1920-2005) papa
«Ecclesia de Eucharistia», n.º 15 
«A minha carne é verdadeira comida 
e o meu sangue é verdadeira bebida» 
A reprodução sacramental, na Santa Missa, do sacrifício de Cristo coroado pela sua ressurreição implica uma presença muito especial, que – para usar palavras de Paulo VI – «se chama "real", não a título exclusivo como se as outras presenças não fossem "reais", mas por excelência, porque é substancial, e porque por ela Se torna presente Cristo completo, Deus e homem». Reafirma-se assim a doutrina sempre válida do Concílio de Trento: «Pela consagração do pão e do vinho, opera-se a conversão de toda a substância do pão na substância do corpo de Cristo nosso Senhor, e de toda a substância do vinho na substância do seu sangue; a esta mudança, a Igreja católica chama, de modo conveniente e apropriado, transubstanciação». Verdadeiramente, a Eucaristia é mysterium fidei, mistério que supera os nossos pensamentos e só pode ser aceite pela fé, como lembram frequentemente as catequeses patrísticas sobre este sacramento divino. «Não hás de ver», exorta S. Cirilo de Jerusalém, «o pão e o vinho [consagrados] simplesmente como elementos naturais, porque o Senhor disse expressamente que são o seu corpo e o seu sangue: a fé to assegura, ainda que os sentidos possam sugerir-te outra coisa». «Adoro te devote, latens Deitas»: continuaremos a cantar com São Tomás, o Doutor Angélico. Diante deste mistério de amor, a razão humana experimenta toda a sua limitação. Compreende-se que, ao longo dos séculos, esta verdade tenha estimulado a teologia a árduos esforços de compreensão. São esforços louváveis, tanto mais úteis e incisivos se capazes de conjugar o exercício crítico do pensamento com a vida de fé da Igreja, individuada especialmente no carisma da verdade do Magistério e na íntima inteligência que experimentam das coisas espirituais sobretudo os santos. Permanece o limite apontado por Paulo VI: «Toda a explicação teológica que queira penetrar de algum modo neste mistério, para estar de acordo com a fé católica, deve assegurar que, na sua realidade objetiva, independentemente do nosso entendimento, o pão e o vinho deixaram de existir depois da consagração, de modo que a partir desse momento são o corpo e o sangue adoráveis do Senhor Jesus que estão realmente presentes diante de nós sob as espécies sacramentais do pão e do vinho».

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