A
festa da Assunção de Maria ao Céu é uma das mais antigas da Igreja. Ela une
todas as Igrejas da Tradição em uma só celebração. Já no ano 600 esta festa era
celebrada na liturgia galicana (da França). Notemos que, para uma verdade
chegar a ser uma celebração litúrgica, é necessária uma fé bem fundamentada na
tradição e no patrimônio comum dos cristãos. Podemos ler: "Não temos
nenhuma data histórica para indicar quanto tempo a Mãe de Deus permaneceu na
terra após a Ascensão de Jesus ao Céu e nem quando, onde ou como
morreu, pois os evangelhos nada falam sobre isso. A base para a Festa da
Assunção (chamada também de Dormição de Maria) é a santa
tradição da Igreja, que data da era apostólica, escritos apócrifos, a fé constante do povo de Deus e
a opinião unânime que os Padres e os Doutores da Igreja do primeiro milênio do
cristianismo" (Sofia Fotopoulou). Maria é um sinal
grandioso porque unida a Cristo. Ela nos estimula a buscar as coisas do alto.
Rezamos na oração: “Dai-nos viver atentos às coisas do alto, a fim de
participarmos da sua glória”. Esta expectativa coloca em nosso coração o
ardente desejo de chegar até Deus. A missão de Maria é interceder para que
todos cheguem ao Céu. Tanto o Céu como a Terra
vêem nela o sinal para a Igreja, pois é aurora e esplendor da Igreja triunfante.
E é consolo e esperança para o povo que ainda está a caminho (prefácio). O povo sente em Maria gloriosa
no Céu, a certeza que todos poderão viver a fé, pois é dada a garantia do bem
que a fé nos faz. Sentem também que nossa natureza humana, já glorificada em
Cristo, resplandece em sua filha predileta.
Ressuscitada com Cristo
O Papa Pio XII não inventou o
dogma, mas, com ele reconheceu que é doutrina de fé na Igreja. O fundamento da
festa e de sua doutrina está na fé na Ressurreição de Jesus, como nos cita
Paulo. Maria é sinal da Igreja perseguida porque crê em Jesus, o Filho dessa
Mulher que é sinal da vitória de Cristo em seus seguidores, pois todos
ressuscitarão. Cristo garante a ressurreição de todos ao ressuscitar Maria
levando-a para a Glória do Pai e garante que a morte será vencida, pois Maria
também não sofreu a corrupção, como o Cristo, dando a todos a certeza da
ressurreição de nossos corpos. Não é um privilégio de Maria, mas de toda a
Igreja. A Assunção de Maria foi um dom, mas uma necessidade por sua união com
Cristo através de sua carne.
Missão de levar Cristo
A Igreja
continua a missão de Maria de levar Cristo a todos. Por isso é perseguida pelos
seguidores da besta que querem engolir o Filho, Jesus e seus discípulos. Ela
sabe que será libertada por Deus. A Igreja faz memória e torna presente o gesto
misericordioso de Deus que assume Maria para a Glória. Por isso o salmo canta
45: “A filha do Rei é introduzida no palácio real. Ela é a rainha à direita do
Rei”. Participamos desta glória na celebração litúrgica recebendo sua
intercessão e alegrando-nos com ela em sua exaltação. Os religiosos, cujo dia
celebramos, são chamados a ser como Maria que nos indica a riqueza dos bens
futuros que devem ser vivenciados agora, vencendo a força do mal por uma vida
de ressuscitados. Os religiosos anunciam com sua vida como Maria. A visita a
Isabel não é só um problema familiar de caridade, mas é a grande caridade de
Deus que, através de seus filhos, anuncia que Cristo vive, é Salvador e dá o
Espírito Santo
https://padreluizcarlos.wordpress.com/
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