sexta-feira, 20 de julho de 2018

REFLETINDO A PALAVRA - “Assunção de Maria ao Céu”

PADRE LUIZ CARLOS
DE OLIVEIRA-REDENTORISTA
50 ANOS CONSAGRADO
Um grande sinal apareceu no Céu.
            A festa da Assunção de Maria ao Céu é uma das mais antigas da Igreja. Ela une todas as Igrejas da Tradição em uma só celebração. Já no ano 600 esta festa era celebrada na liturgia galicana (da França). Notemos que, para uma verdade chegar a ser uma celebração litúrgica, é necessária uma fé bem fundamentada na tradição e no patrimônio comum dos cristãos. Podemos ler: "Não temos nenhuma data histórica para indicar quanto tempo a Mãe de Deus permaneceu na terra após a Ascensão de Jesus ao Céu e nem quando, onde ou como morreu, pois os evangelhos nada falam sobre isso. A base para a Festa da Assunção (chamada também de Dormição de Maria) é a santa tradição da Igreja, que data da era apostólica, escritos apócrifos, a fé constante do povo de Deus e a opinião unânime que os Padres e os Doutores da Igreja do primeiro milênio do cristianismo" (Sofia Fotopoulou). Maria é um sinal grandioso porque unida a Cristo. Ela nos estimula a buscar as coisas do alto. Rezamos na oração: “Dai-nos viver atentos às coisas do alto, a fim de participarmos da sua glória”. Esta expectativa coloca em nosso coração o ardente desejo de chegar até Deus. A missão de Maria é interceder para que todos cheguem ao Céu. Tanto o Céu como a Terra  vêem nela o sinal para a Igreja, pois é aurora e esplendor da Igreja triunfante. E é consolo e esperança para o povo que ainda está a caminho (prefácio). O povo sente em Maria gloriosa no Céu, a certeza que todos poderão viver a fé, pois é dada a garantia do bem que a fé nos faz. Sentem também que nossa natureza humana, já glorificada em Cristo, resplandece em sua filha predileta.
Ressuscitada com Cristo
            O Papa Pio XII não inventou o dogma, mas, com ele reconheceu que é doutrina de fé na Igreja. O fundamento da festa e de sua doutrina está na fé na Ressurreição de Jesus, como nos cita Paulo. Maria é sinal da Igreja perseguida porque crê em Jesus, o Filho dessa Mulher que é sinal da vitória de Cristo em seus seguidores, pois todos ressuscitarão. Cristo garante a ressurreição de todos ao ressuscitar Maria levando-a para a Glória do Pai e garante que a morte será vencida, pois Maria também não sofreu a corrupção, como o Cristo, dando a todos a certeza da ressurreição de nossos corpos. Não é um privilégio de Maria, mas de toda a Igreja. A Assunção de Maria foi um dom, mas uma necessidade por sua união com Cristo através de sua carne.
Missão de levar Cristo
A Igreja continua a missão de Maria de levar Cristo a todos. Por isso é perseguida pelos seguidores da besta que querem engolir o Filho, Jesus e seus discípulos. Ela sabe que será libertada por Deus. A Igreja faz memória e torna presente o gesto misericordioso de Deus que assume Maria para a Glória. Por isso o salmo canta 45: “A filha do Rei é introduzida no palácio real. Ela é a rainha à direita do Rei”. Participamos desta glória na celebração litúrgica recebendo sua intercessão e alegrando-nos com ela em sua exaltação. Os religiosos, cujo dia celebramos, são chamados a ser como Maria que nos indica a riqueza dos bens futuros que devem ser vivenciados agora, vencendo a força do mal por uma vida de ressuscitados. Os religiosos anunciam com sua vida como Maria. A visita a Isabel não é só um problema familiar de caridade, mas é a grande caridade de Deus que, através de seus filhos, anuncia que Cristo vive, é Salvador e dá o Espírito Santo          
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