terça-feira, 15 de maio de 2018

EVANGELHO DO DIA 15 DE MAIO

Evangelho segundo S. João 17,1-11a.
Naquele tempo, Jesus ergueu os olhos ao Céu e disse: «Pai, chegou a hora. Glorifica o teu Filho, para que o teu Filho Te glorifique, e, pelo poder que Lhe deste sobre toda a criatura, Ele dê a vida eterna a todos os que Lhe confiaste. É esta a vida eterna: que Te conheçam a Ti, único Deus verdadeiro, e Aquele que enviaste, Jesus Cristo. Eu glorifiquei-Te sobre a terra, consumando a obra que Me encarregaste de realizar. E agora, Pai, glorifica-Me junto de Ti mesmo com a glória que tinha em Ti, antes que houvesse mundo. Manifestei o teu nome aos homens que do mundo Me deste. Eram teus e Tu mos deste, e eles guardam a tua palavra. Agora sabem que tudo quanto Me deste vem de Ti, porque lhes comuniquei as palavras que Me confiaste e eles receberam-nas: reconheceram verdadeiramente que saí de Ti e acreditaram que Me enviaste. É por eles que Eu rogo; não pelo mundo, mas por aqueles que Me deste, porque são teus. Tudo o que é meu é teu, e tudo o que é teu é meu; e neles sou glorificado. Eu já não estou no mundo, mas eles estão no mundo, enquanto Eu vou para Ti».
Tradução litúrgica da Bíblia 
Comentário do dia: 
Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (norte de África), 
doutor da Igreja 
Sermões sobre o Evangelho de João, nos. 104-105
«Pai, glorifica o teu Filho, para que o teu Filho Te glorifique»
Há pessoas que pensam que o Filho foi glorificado pelo Pai na medida em que Ele não O poupou, mas O entregou por todos nós (Rom 8,32). Mas, se Ele foi glorificado na sua Paixão, quanto mais o não foi na sua ressurreição! Na Paixão, aparece mais a sua humildade do que o seu esplendor. [...] A fim de que «o mediador entre Deus e os homens, o homem Jesus Cristo» (1Tim 2,5), fosse glorificado na sua ressurreição, foi humilhado na sua Paixão. [...] Nenhum cristão duvida: é evidente que o Filho foi glorificado sob a forma de servo, que o Pai ressuscitou e fez sentar à sua direita (Fil 2,7; At 2,34). Mas o Senhor não diz apenas: «Pai, glorifica o teu Filho»; acrescenta: «para que o teu Filho Te glorifique». Pergunta-se, e com razão, como é que o Filho glorificou o Pai. [...] Na verdade, a glória do Pai, em si mesma, não pode aumentar nem diminuir. No entanto, era menor entre os homens quando Deus só era conhecido na Judeia e os seus servos não louvavam o nome do Senhor desde o nascer ao pôr do sol (cf Sl 75,2; 112,1-3). Isto foi consequência do Evangelho de Cristo, que deu a conhecer às nações o Pai através do Filho: e foi assim que o Filho glorificou o Pai. Se o Filho tivesse apenas morrido e não tivesse ressuscitado, não teria sido glorificado pelo Pai nem o Pai por Ele. Agora, glorificado pelo Pai na sua ressurreição, glorifica o Pai pela pregação da sua ressurreição. Isto vê-se na própria ordem das palavras: «Pai, glorifica o teu Filho, para que o teu Filho Te glorifique», como se dissesse: «Ressuscita-Me, para que, por Mim, sejas conhecido em todo o universo». [...] Nesta vida, Deus é glorificado quando a pregação O dá a conhecer aos homens; e é pregado pela fé dos que creem n'Ele.

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