terça-feira, 16 de janeiro de 2018

EVANGELHO DO DIA 16 DE JANEIRO

Evangelho segundo S. Marcos 2,23-28.
Passava Jesus através das searas num dia de sábado e os discípulos, enquanto caminhavam, começaram a apanhar espigas.Disseram-Lhe então os fariseus: «Vê como eles fazem ao sábado o que não é permitido». Respondeu-lhes Jesus: «Nunca lestes o que fez David, quando teve necessidade e sentiu fome, ele e os seus companheiros? Entrou na casa de Deus, no tempo do sumo sacerdote Abiatar, e comeu dos pães da proposição, que só os sacerdotes podiam comer, e também os deu aos companheiros». E acrescentou: «O sábado foi feito para o homem e não o homem para o sábado. Por isso, o Filho do homem é também Senhor do sábado».
Tradução litúrgica da Bíblia 
Comentário do dia: 
Bento XVI, papa de 2005 a 2013 
Exortação apostólica «Sacramentum caritatis» §72 
(trad. © copyright Libreria Editrice Vaticana rev.)
«O Filho do homem é também Senhor do sábado»: a libertação trazida por Cristo
Esta novidade radical que a Eucaristia introduz na vida do homem revelou-se à consciência cristã desde o princípio; prontamente os fiéis compreenderam a influência profunda que a celebração eucarística exercia sobre o seu estilo de vida. Santo Inácio de Antioquia exprimia esta verdade designando os cristãos como «aqueles que chegaram à nova esperança», e apresentava-os como aqueles que vivem «segundo o domingo». Esta expressão do grande mártir antioqueno põe claramente em evidência a ligação entre a realidade eucarística e a vida cristã no seu dia a dia. O costume característico que os cristãos têm de se reunir no primeiro dia depois do sábado para celebrar a ressurreição de Cristo — conforme a narração do mártir São Justino — é também o dado que define a forma da vida renovada pelo encontro com Cristo. Mas a expressão de Santo Inácio — viver «segundo o domingo» — sublinha também o valor paradigmático que este dia santo tem para os restantes dias da semana. De facto, o domingo não se distingue com base na simples suspensão das atividades habituais, como se fosse uma espécie de parêntesis dentro do ritmo normal dos dias; os cristãos sempre sentiram este dia como o primeiro da semana, porque nele se faz memória da novidade radical trazida por Cristo. Por isso, o domingo é o dia em que o cristão reencontra a forma eucarística própria da sua existência, segundo a qual é chamado a viver constantemente; viver «segundo o domingo» significa viver consciente da libertação trazida por Cristo e realizar a própria existência como oferta de si mesmo a Deus, para que a sua vitória se manifeste plenamente a todos os homens através duma conduta intimamente renovada. 

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