sábado, 14 de março de 2015

EVANGELHO DO DIA 14 DE MARÇO

Evangelho segundo S. Lucas 18,9-14.
Naquele tempo, Jesus disse a seguinte parábola para alguns que se consideravam justos e desprezavam os outros: «Dois homens subiram ao templo para orar; um era fariseu e o outro publicano. O fariseu, de pé, orava assim: ‘Meu Deus, dou-Vos graças por não ser como os outros homens, que são ladrões, injustos e adúlteros, nem como este publicano. Jejuo duas vezes por semana e pago o dízimo de tudo quanto possuo’. O publicano ficou a distância e nem sequer se atrevia a erguer os olhos ao Céu; mas batia no peito e dizia: ‘Meu Deus, tende compaixão de mim, que sou pecador’. Eu vos digo que este desceu justificado para sua casa e o outro não. Porque todo aquele que se exalta será humilhado e quem se humilha será exaltado». 
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia: 
São Gregório Magno(c. 540-604),papa, doutor da Igreja - Moralia, 76 
Uma brecha aberta
Com que precaução o fariseu que subia ao Templo para orar, e que havia fortificado a cidadela da sua alma, afirmava jejuar duas vezes por semana e dar o dízimo do que ganhava. Ao dizer: «Meu Deus, dou-Vos graças», é bem claro que tinha tomado todas as precauções imagináveis para se precaver. Mas deixa um sítio aberto e exposto ao inimigo, ao acrescentar: «Porque não sou como este publicano». Assim, por vaidade, permitiu ao inimigo que entrasse na cidadela do seu coração, que contudo havia aferrolhado com jejuns e esmolas. 
Todas as outras precauções são portanto inúteis, quando em nós se mantém uma abertura por onde o inimigo pode entrar. […] Este fariseu tinha vencido a gula pela abstinência; tinha superado a avareza pela generosidade. […] Mas quantos trabalhos conducentes a essa vitória não foram aniquilados por um só vício, pela brecha de um só erro! 
Eis porque não nos basta apenas pensar em praticar o bem; devemos também velar cuidadosamente pelos nossos pensamentos, para os mantermos puros nas boas obras que fizermos. Porque se estas forem uma fonte de vaidade ou de orgulho no nosso coração, estaremos a combater somente para a vã glória, e não para a glória do nosso Criador.

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