Evangelho segundo S. Mateus 23,1-12.
Naquele
tempo, Jesus falou à multidão e aos discípulos, dizendo: «Na cadeira de
Moisés sentaram-se os escribas e os fariseus. Fazei e observai tudo quanto
vos disserem, mas não imiteis as suas obras, porque eles dizem e não fazem. Atam fardos pesados e põem-nos aos ombros dos homens, mas eles nem com o
dedo os querem mover. Tudo o que fazem é para serem vistos pelos homens:
alargam as filactérias e ampliam as borlas; gostam do primeiro lugar nos
banquetes e dos primeiros assentos nas sinagogas, das saudações nas praças
públicas e que os tratem por ‘Mestres’. Vós, porém, não vos deixeis tratar
por ‘Mestres’, porque um só é o vosso Mestre e vós sois todos irmãos. Na
terra não chameis a ninguém vosso ‘Pai’, porque um só é o vosso pai, o Pai
celeste. Nem vos deixeis tratar por ‘Doutores’, porque um só é o vosso
doutor, o Messias. Aquele que for o maior entre vós será o vosso servo. Quem se exalta será humilhado e quem se humilha será exaltado».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
Homilia atribuída a São Macário
(?-390), monge do Egipto
Terceira homilia 1-3; PG 34, 467-470
A vida comunitária: «Vós sois todos irmãos»
Façam o que fizerem, os irmãos devem
mostrar-se caridosos e alegres uns para com os outros. O que trabalha dirá assim
do que ora: «O tesouro que o meu irmão possui também é meu, uma vez que nos é
comum.» Por seu lado, o que ora dirá daquele que lê: «O benefício que ele tira
da leitura também me enriquece.» E o que trabalha dirá: «É no interesse da
comunidade que faço este serviço.»
Os múltiplos membros do corpo
formam um só corpo e apoiam-se mutuamente, cumprindo cada um a sua tarefa. O
olho vê por todo o corpo; a mão trabalha para os outros membros; o pé, ao
caminhar, leva-os a todos. E é assim que os irmãos se devem comportar uns com os
outros (cf Rom 12, 4-5). O que ora não julgará o que trabalha se este não orar.
O que trabalha não julgará o que ora. […] O que serve não julgará os outros.
Pelo contrário, faça o que fizer, agirá para a maior glória de Deus (cf 1Cor
10,31; 2Cor 4,15). […]
Assim, uma grande concórdia e harmonia
formarão o «vínculo da paz» (Ef 4,3), que os unirá entre si e os fará viver com
transparência e simplicidade sob o olhar benevolente de Deus. O essencial,
evidentemente, é perseverar na oração. Além disso, só uma coisa é necessária:
cada um deve possuir no seu coração esse tesouro que é a presença viva e
espiritual do Senhor. Quer trabalhe, ore ou leia, cada um deve poder dizer que
está na posse desse bem imperecível que é o Espírito Santo.
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