terça-feira, 3 de março de 2015

EVANGELHO DO DIA 03 DE MARÇO

Evangelho segundo S. Mateus 23,1-12.
Naquele tempo, Jesus falou à multidão e aos discípulos, dizendo: «Na cadeira de Moisés sentaram-se os escribas e os fariseus. Fazei e observai tudo quanto vos disserem, mas não imiteis as suas obras, porque eles dizem e não fazem. Atam fardos pesados e põem-nos aos ombros dos homens, mas eles nem com o dedo os querem mover. Tudo o que fazem é para serem vistos pelos homens: alargam as filactérias e ampliam as borlas; gostam do primeiro lugar nos banquetes e dos primeiros assentos nas sinagogas, das saudações nas praças públicas e que os tratem por ‘Mestres’. Vós, porém, não vos deixeis tratar por ‘Mestres’, porque um só é o vosso Mestre e vós sois todos irmãos. Na terra não chameis a ninguém vosso ‘Pai’, porque um só é o vosso pai, o Pai celeste. Nem vos deixeis tratar por ‘Doutores’, porque um só é o vosso doutor, o Messias. Aquele que for o maior entre vós será o vosso servo. Quem se exalta será humilhado e quem se humilha será exaltado». 
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia: 
Homilia atribuída a São Macário (?-390), monge do Egipto 
Terceira homilia 1-3; PG 34, 467-470 
A vida comunitária: «Vós sois todos irmãos»
Façam o que fizerem, os irmãos devem mostrar-se caridosos e alegres uns para com os outros. O que trabalha dirá assim do que ora: «O tesouro que o meu irmão possui também é meu, uma vez que nos é comum.» Por seu lado, o que ora dirá daquele que lê: «O benefício que ele tira da leitura também me enriquece.» E o que trabalha dirá: «É no interesse da comunidade que faço este serviço.» 
Os múltiplos membros do corpo formam um só corpo e apoiam-se mutuamente, cumprindo cada um a sua tarefa. O olho vê por todo o corpo; a mão trabalha para os outros membros; o pé, ao caminhar, leva-os a todos. E é assim que os irmãos se devem comportar uns com os outros (cf Rom 12, 4-5). O que ora não julgará o que trabalha se este não orar. O que trabalha não julgará o que ora. […] O que serve não julgará os outros. Pelo contrário, faça o que fizer, agirá para a maior glória de Deus (cf 1Cor 10,31; 2Cor 4,15). […] 
Assim, uma grande concórdia e harmonia formarão o «vínculo da paz» (Ef 4,3), que os unirá entre si e os fará viver com transparência e simplicidade sob o olhar benevolente de Deus. O essencial, evidentemente, é perseverar na oração. Além disso, só uma coisa é necessária: cada um deve possuir no seu coração esse tesouro que é a presença viva e espiritual do Senhor. Quer trabalhe, ore ou leia, cada um deve poder dizer que está na posse desse bem imperecível que é o Espírito Santo. 

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