Na tarde de domingo, 17 de Setembro, celebrou-se a Santa Missa de beatificação do Pe. Moisés Tovini, na Catedral de Bréscia (Itália), sacerdote oblato dessa Diocese.
O novo Beato foi um homem humilde, preparado, generoso e bom, que dedicou toda a sua vida como educador e pastor no silêncio e no escondimento da vida quotidiana do Seminário e das paróquias.
Originário de Cividate Camuno, onde nasceu em 27 de Dezembro de 1877, teve como padrinho de baptismo o Adv. Giuseppe Tovini, tio paterno, que certamente com o seu exemplo de vida evangélica influenciou muito as escolhas de Moisés.
Após os estudos básicos, amadureceu nele a vocação para o sacerdócio. Completados os estudos, foi ordenado no dia 9 de Junho de 1900. A sua primeira destinação foi a de Capelão em Astrio di Breno. Em seguida, a fim de completar os estudos foi enviado para Roma, onde se formou em Matemática e em Filosofia e Teologia. Durante os anos passados em Roma ele exerceu um ardoroso apostolado em duas pequenas igrejas na periferia, frequentadas pelos pobres da zona rural romana: a Cervelletta e a do Repouso.
Em 1904 voltou para a sua diocese e foi um dos primeiros três sacerdotes Oblatos da Congregação diocesana da Sagrada Família, formada por sacerdotes seculares à disposição do Bispo, na qual ele desempenhou o cargo de Superior por vários triénios.
O principal empenho da sua vida foi a escola no Seminário. Ensinava matemática e filosofia. Professor muito apreciado, era estimado também no mundo leigo pela sua preparação cultural e científica.
Além do ensino dedicou-se à obra catequética diocesana contribuindo bastante para a formação dos catequistas nas paróquias locais e para a habilitação dos professores ao ensino da religião nas escolas públicas. Particularmente preciosa foi a sua chegada à Acção Católica como Assistente da Junta Diocesana de 1921 a 1926. Eram tempos difíceis para a associação que encontrou nele uma guia sábia e apreciada.
Desempenhou muitos cargos na Cúria: no Tribunal Eclesiástico, Examinador sinodal, censor dos livros. Em 1923 foi nomeado Cónego da Catedral.
Fiel ao seu mandato, em mansidão e humildade, faleceu na clínica dos Fatebenefratelli de Bréscia em 28 de Janeiro de 1930, após uma breve enfermidade. Foi sepultado no cemitério de Cividate Camuno, mas com a propagação da sua fama de santidade, o seu corpo foi trasladado para a igreja paroquial, onde até hoje é venerado.
A causa de canonização foi iniciada em 1963. No mês de Abril de 2003 foi reconhecida a heroicidade da virtude de Moisés Tovini. No dia 19 de Dezembro de 2005 o Papa Bento XVI reconheceu a autenticidade do milagre, a favor de um sacerdote que foi aluno do Pe. Tovini: Pe. Giovanni Flocchini.
Definido "pedra preciosa do clero de Bréscia", Pe. Moisés Tovini é uma figura contracorrente, mas muito actual, pois num mundo que ama os reflectores e a notoriedade ele ensina que a grandeza do homem reside no humilde serviço realizado diariamente com fidelidade e dedicação, sem se preocupar por aparecer mas por doar a vida, a exemplo de Cristo.
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