segunda-feira, 15 de abril de 2024

Santos Teodoro e Pausilopo (Pausilippo) Mártires na Trácia 15 de abril

A sua história, embora incerta, traça um perfil biográfico e contextualiza o seu martírio. O Martirológio Romano os menciona em 15 de abril sob o imperador Adriano. Os Synaxarii bizantinos não os incluem, mas o Menologium de Basílio II dá atenção a Pausillipo, identificando-o como companheiro de Teodoro. Sob Adriano, Pausillipo foi preso por sua fé cristã e levado perante o imperador. A sua profissão de fé condenou-o à flagelação e ao encaminhamento ao prefeito da Europa Prisco ou Praico. Condenado à morte por sua obstinação, Pausillipo escapou milagrosamente a caminho da execução. Refugiou-se num lugar seguro, onde morreu em oração. 
Martirológio Romano: Na Trácia, os santos Teodoro e Pausílipo, mártires, cuja paixão teria ocorrido sob o imperador Adriano. 
As figuras de Teodoro e Pausillipo, santos mártires venerados na Trácia, surgem-nos a partir de um mosaico de fontes hagiográficas, não isentas de discrepâncias e lacunas. A sua história, embora fragmentária, permite-nos traçar um perfil biográfico e contextualizar o seu martírio, abrindo um vislumbre da complexa realidade da Igreja primitiva. O Menologium do cardeal Sirleto os menciona em 15 de abril, sem especificar o local do seu martírio. O Martirológio Romano retoma esta notícia, incluindo a data e o imperador Adriano como referência histórica, oferecendo-nos um primeiro ponto de referência cronológico. Os Synaxarii bizantinos, embora não mencionem Teodoro e Pausillipo em 15 de abril, fornecem-nos informações valiosas. Em particular, o Menologium de Basílio II, de 8 de abril, dedica atenção específica a Pausillipo, identificável como companheiro de Teodoro. Segundo esta fonte, o martírio de Pausillipo ocorreu sob o reinado do imperador Adriano (117-138), um período de turbulência para a comunidade cristã. Preso por seu zelo na propagação da fé, foi levado perante o imperador e submetido a duros interrogatórios. A sua profissão aberta de fé em Cristo levou ao seu encaminhamento ao prefeito da Europa (Trácia), Prisco ou Praico, figura sobre a qual muito pouco se sabe. Condenado à flagelação, Pausillipo foi novamente instado a renunciar à sua fé, mas permaneceu inflexível na sua crença. A sua obstinação condenou-o à decapitação, pena capital reservada aos crimes mais graves. Durante a viagem até o local da execução, suas amarras se dissolveram milagrosamente, permitindo-lhe escapar. A fuga de Pausillipo, descrita no Synaxarion de Basílio II com tons quase lendários, assume um valor simbólico, representando a vitória da fé sobre a morte. Pausillipo refugiou-se num lugar seguro, onde morreu em oração, rodeado de paz e serenidade. A sua morte, embora trágica, assume um significado de esperança e de renascimento eterno. A reconstrução do martírio de Teodoro e Pausillipo apresenta algumas incertezas, principalmente ligadas à fuga de Pausillipo. No entanto, a sua veneração como santos mártires é atestada por diversas fontes hagiográficas, confirmando a sua importância na tradição cristã. A comemoração de Teodoro e Pausillipo aconteceu em duas datas: - 15 de abril: o "Livasus" dos dois santos foi celebrado no abrigo para idosos do bairro Melobe de Constantinopla, lugar de acolhimento e cuidado dos marginalizados. - 8 de abril: data alternativa para a comemoração de Pausillipo no Menologium de Basílio II, testemunhando a sua devoção e culto. 
Autor: Franco Diego

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