sábado, 17 de fevereiro de 2024

17 de fevereiro - Beata Isabel Sánchez Romero

A Irmã Isabel Sánchez Romero, 76 anos, foi assassinada por ódio à fé durante a Guerra Civil Espanhola (1936-1939). Os milicianos queriam obrigá-la a blasfemar, mas ela respondeu com jaculatórias e foi assassinada com uma pedra. Em 12 de dezembro de 2019, o Papa Francisco promulgou o decreto de martírio da religiosa espanhola Isabel Sánchez Romero, religiosa professa da ordem de Santo Domingos, que foi assassinada quando tinha 76 anos por ódio à fé, em 1937. Esta religiosa nasceu m 09 de fevereiro de 1860, em Huéscar, Granada (Espanha). Quando tinha 17 anos, entrou no mosteiro das Irmãs Dominicanas como colaboradora ou irmã de obediência e recebeu o nome de Ascensão de São José. Segundo destaca ‘Vatican News’, a religiosa era “obediente, silenciosa, trabalhadora e humilde. E embora tenha sofrido uma doença rara que cobria seu corpo com feridas, portanto, não podia assumir responsabilidades fixas; era assistente de todas as irmãs quando a doença permitia, porém ninguém a escutava lamentar”. Foi uma boa preparação para sofrer perseguição religiosa, como o diretor de exercícios espirituais alertou a comunidade, um mês antes do início da guerra. A perseguição religiosa começou na Espanha e, mais tarde, a Guerra Civil estourou em 15 de julho de 1936. Em 15 de fevereiro de 1937, os milicianos revistaram a casa onde Irmã Isabel estava hospedada. Ela foi presa e levada para a masmorra. À noite, os milicianos queriam forçar a freira dominicana a blasfemar, sob ameaça de morte: a irmã Isabel respondeu com jaculatórias. Em punição, ela foi maltratada e espancada por todo o corpo, ficando quase morta, deitada no chão com seu próprio sangue. Na manhã seguinte, eles queriam que ela entrasse em um caminhão, mas a pobre velha não conseguia se levantar, então eles a pegaram como um saco e a jogaram no caminhão, com os outros prisioneiros. Estando no cemitério, a religiosa viu o assassinato de seu sobrinho Florencio, mas rezou até o final, recusando-se categoricamente a blasfemar, como os assassinos queriam. Ela não foi fuzilada, mas os milicianos colocaram a sua cabeça sobre uma pedra e com outra bateram em seu crâneo, era o dia 16 de fevereiro de 1937, ela tinha 76 anos. 
Isabel Sanches Romero (1861-1937)
BEATIFICAÇÃO: - 18 de junho de 2022 -Papa Francisco
Isabel Sánchez Romero nasceu em Huéscar, perto de Granada, Espanha, em 9 de maio de 1861. Quatro dias depois foi à pia batismal e em 11 de novembro do mesmo ano recebeu o sacramento da confirmação. Penúltima de oito filhos, passou a infância e a adolescência no seio da família, de condições económicas bastante modestas, e recebeu uma boa educação humana e cristã. Ainda jovem ingressou no convento dominicano «La Consolação» de Huéscar e em 2 de outubro de 1885 fez a profissão dos votos. Viveu a sua consagração religiosa com espírito de piedade, serviço e comunhão. Ela era uma mulher de caráter modesto, mas um tanto escrupuloso. Contudo, profunda e serenamente enraizada na fé, viveu em sincera comunhão com o Senhor, na linha da espiritualidade dominicana, atingindo assim uma maturidade espiritual, que se exprimiu numa intensa oração ao Santíssimo Sacramento, aliada a uma grande humildade e generosidade. em serviço. Completamente esquecida de si mesma, Irmã Ascensión de San José com absoluta simplicidade orientou tudo para a maior glória de Deus e a salvação dos seus irmãos. No início da guerra civil, as freiras decidiram deixar o seu convento e refugiar-se nas casas de pessoas amigas. A Serva de Deus foi acolhida pelos seus familiares na mesma cidade de Huéscar; mas, depois de alguns dias, os milicianos, cujas fileiras haviam aumentado, invadiram a casa na noite de 16 de fevereiro de 1937. A Serva de Deus sofreu uma série de maus tratos brutais por parte dos seus perseguidores, sem qualquer consideração pela sua idade, quase 76 anos, e pela enfermidade que a acompanhou durante toda a sua vida. Na manhã de 17 de fevereiro de 1937 foi morta em Huéscar. Os algozes mostraram particular ferocidade para com a Serva de Deus, obrigando-a a testemunhar as torturas infligidas aos outros presos e torturando-a antes de matá-la, porque ela se recusou a blasfemar. Aceitou o martírio e viveu esses momentos com confiança na Providência, perseverando até ao fim. Suas últimas palavras foram: “Viva Cristo Rei!”.

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