Evangelho segundo São Marcos 3,1-6.
Jesus entrou de novo na sinagoga, onde estava um homem com uma das mãos atrofiada.
Os fariseus observavam Jesus para verem se Ele ia curá-lo ao sábado e poderem assim acusá-lo.
Jesus disse ao homem que tinha a mão atrofiada: «Levanta-te e vem aqui para o meio».
Depois perguntou-lhes: «Será permitido ao sábado fazer bem ou fazer mal, salvar a vida ou tirá-la?». Mas eles ficaram calados.
Então, olhando-os com indignação e entristecido com a dureza dos seus corações, disse ao homem: «Estende a mão». Ele estendeu-a e a mão ficou curada.
Os fariseus, porém, logo que saíram dali, reuniram-se com os herodianos para deliberarem como haviam de acabar com Ele.
Tradução litúrgica da Bíblia
Bispo de Poitiers, doutor da Igreja
Tratado sobre o salmo 91,3,4-5,7
«Será permitido ao sábado fazer bem, salvar a vida?»
O Senhor trabalha no dia de sábado? Com certeza, pois o céu desapareceria, a luz do sol apagar-se-ia, a terra perderia consistência, todos os frutos perderiam a seiva e a vida dos homem pereceria se, por causa do sábado, a força constitutiva do Universo deixasse de operar. Mas, de facto, não há qualquer interrupção; durante o sábado, tal como nos seis outros dias, os elementos do Universo continuam a cumprir a sua função. Através deles, o Pai trabalha, pois, todo o tempo, agindo através do Filho, que foi dele gerado e por quem tudo isto é obra sua. Pelo Filho, a ação do Pai prossegue no dia de sábado. Por consequência não há repouso em Deus, pois nenhum dia vê cessar a obra de Deus.
A ação de Deus é assim. Mas então, em que consiste o seu repouso? A obra de Deus é a obra de Cristo. E o repouso de Deus é Deus, é Cristo, pois tudo o que pertence a Deus está verdadeiramente em Cristo, a tal ponto que o Pai pode descansar nele.
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