Evangelho segundo São Mateus 7,21.24-27.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Nem todo aquele que Me diz "Senhor, Senhor" entrará no Reino dos Céus, mas só aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos Céus.
Todo aquele que ouve as minhas palavras e as põe em prática é como o homem prudente que edificou a sua casa sobre a rocha.
Caiu a chuva, vieram as torrentes e sopraram os ventos contra aquela casa; mas ela não caiu, porque estava fundada sobre a rocha.
Mas todo aquele que ouve as minhas palavras e não as põe em prática é como o homem insensato que edificou a sua casa sobre a areia.
Caiu a chuva, vieram as torrentes e sopraram os ventos contra aquela casa; ela desmoronou-se e foi grande a sua ruína».
Tradução litúrgica da Bíblia
Monge cisterciense, doutor da Igreja
Sermão 5 «De diversis», 4-5; PL 183, 556
Edifiquemos sobre a rocha!
Edifiquemos solidamente sobre a muralha, apoiemo-nos com todas as forças na rocha inabalável que é Cristo, segundo as palavras da Escritura: «Colocou os meus pés sobre um rochedo e deu firmeza aos meus passos» (Sl 39,3). Assim estabelecidos e confortados, comecemos a contemplar: veremos o que Ele nos diz e o que podemos responder àqueles que nos censuram.
Quando tivermos progredido um pouco na ascese espiritual, sob o guia do Espírito Santo, que perscruta as próprias profundezas de Deus, reflitamos como o Senhor é suave, como é bom em Si mesmo. Peçamos com o profeta para ver a vontade do Senhor, peçamos-Lhe que nos leve a visitar, não o nosso coração, mas o seu templo (cf Sl 26,4), e diremos com ele: «A minha alma está prostrada; por isso me lembro de Ti» (Sl 41,7).
Estas duas coisas resumem o conteúdo de toda a vida espiritual: à vista de nós próprios, sentimo-nos contritos e perturbados pela nossa salvação; mas respiramos na contemplação de Deus, consolados pela alegria do Espírito Santo. De um lado, o temor e a humildade; do outro, a esperança e a caridade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário