segunda-feira, 11 de dezembro de 2023

EVANGELHO DO DIA 11 DE DEZEMBRO

Evangelho segundo São Lucas 5,17-26. 
Certo dia, enquanto Jesus ensinava, estavam entre a assistência fariseus e doutores da Lei, que tinham vindo de todas as povoações da Galileia, da Judeia e de Jerusalém; e Ele tinha o poder do Senhor para operar curas. Apareceram então uns homens, trazendo num catre um paralítico; tentavam levá-lo para dentro e colocá-lo diante de Jesus. Como não encontraram modo de o introduzir, por causa da multidão, subiram ao terraço e, através das telhas, desceram-no com o catre, deixando-o no meio da assistência, diante de Jesus. Ao ver a fé daquela gente, Jesus disse: «Homem, os teus pecados estão perdoados». Os escribas e fariseus começaram a pensar: «Quem é este que profere blasfémias? Não é só Deus que pode perdoar os pecados?» Mas Jesus, que lia nos seus pensamentos, tomou a palavra e disse-lhes: «Que estais a pensar nos vossos corações? Que é mais fácil dizer: "Os teus pecados estão perdoados" ou "Levanta-te e anda"? Pois bem, para saberdes que o Filho do homem tem na terra o poder de perdoar os pecados, Eu te ordeno», disse Ele ao paralítico, «levanta-te, toma a tua enxerga e vai para casa». Logo ele se levantou à vista de todos, tomou a enxerga em que estivera deitado e foi para casa, dando glória a Deus. Ficaram todos muito admirados e davam glória a Deus; e, cheios de temor, diziam: «Hoje vimos maravilhas». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São Gregório Magno (540-604) 
Papa, doutor da Igreja 
Livro XII, SC 212 
Chamados à glória! 
«Chamar-me-ás e eu te responderei». 
E Job acrescenta: «Estenderás a tua mão direita para a obra das tuas mãos» (Jb 14,15). Com efeito, pelo próprio facto de ser criatura, a criatura humana tem a possibilidade de se afundar em si mesma; mas o homem recebeu daquele que o formou o favor de ser elevado acima de si mesmo pela contemplação, e de ser mantido em si mesmo pela sua incorrupção. Assim, pois, para não se afundar abaixo de si mesma e para subsistir na incorrupção, a criatura é elevada a um estado de imutabilidade pela mão direita daquele que dá a vida. A mão direita de Deus também pode referir-se ao Filho, porque todas as coisas surgiram por meio dele (cf Jo 1,3). De facto, Deus Omnipotente estendeu a sua mão direita sobre a obra das suas mãos, porque foi para elevar ao mundo superior o género humano, caído e jacente no abismo, que Ele enviou o seu Filho unigénito. E foi a sua encarnação que nos permitiu, depois de termos caído por nossa própria vontade na corrupção, responder a Deus, que nos chama à glória da incorruptibilidade. Quem poderá, pois, medir a generosidade da misericórdia divina, que conduz o homem a esta glória maravilhosa depois da sua queda? Deus mede o mal que fazemos e, no entanto, pela graça da sua bondade, perdoa-nos misericordiosamente.

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