quinta-feira, 17 de agosto de 2023

EVANGELHO DO DIA 17 DE AGOSTO

Evangelho segundo São Mateus 18,21-35.19,1. 
Naquele tempo, Pedro aproximou-se de Jesus e perguntou-Lhe: «Se meu irmão me ofender, quantas vezes deverei perdoar-lhe? Até sete vezes?». Jesus respondeu: «Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete. Na verdade, o Reino de Deus pode comparar-se a um rei que quis ajustar contas com os seus servos. Logo de começo, apresentaram-lhe um homem que devia dez mil talentos. Não tendo com que pagar, o senhor mandou que fosse vendido, com a mulher, os filhos e tudo quanto possuía, para assim pagar a dívida. Então, o servo prostrou-se a seus pés, dizendo: "Senhor, concede-me um prazo e tudo te pagarei". Cheio de compaixão, o senhor daquele servo deu-lhe a liberdade e perdoou-lhe a dívida. Ao sair, o servo encontrou um dos seus companheiros, que lhe devia cem denários. Segurando-o, começou a apertar-lhe o pescoço, dizendo: "Paga o que me deves". Então, o companheiro caiu a seus pés e suplicou-lhe, dizendo: "Concede-me um prazo e pagar-te-ei". Ele, porém, não consentiu e mandou-o prender, até que pagasse tudo quanto devia. Testemunhas desta cena, os seus companheiros ficaram muito tristes e foram contar ao senhor tudo o que havia sucedido. Então, o senhor mandou-o chamar e disse: "Servo mau, perdoei-te tudo o que me devias, porque mo pediste. Não devias, também tu, compadecer-te do teu companheiro, como eu tive compaixão de ti?". E o senhor, indignado, entregou-o aos verdugos, até que pagasse tudo o que lhe devia. Assim procederá convosco meu Pai celeste, se cada um de vós não perdoar a seu irmão de todo o coração». Quando Jesus acabou de dizer estas palavras, partiu da Galileia e foi para o território da Judeia, além do Jordão.
Tradução litúrgica da Bíblia 
São Leão Magno (461) 
Papa, doutor da Igreja 
Sermão 48, PL 54, 299-300 
Cresçamos em misericórdia! 
O Senhor disse: «Eu não vim chamar os justos, mas os pecadores» (Mt 9,13). A nenhum cristão é permitido, pois, odiar seja quem for, dado que ninguém pode ser salvo senão pelo perdão dos pecados, e não sabemos até que ponto a graça do Espírito pode valorizar aqueles que a sabedoria do mundo despreza. Que o povo de Deus seja santo e bom: santo para se afastar do que é proibido, bom para agir de acordo com os mandamentos. Embora seja ótimo ter fé reta e sã doutrina, e embora a sobriedade, a mansidão e a pureza sejam louváveis, todas estas virtudes são vãs sem a caridade. E não se pode dizer que uma conduta excelente seja fecunda se não for gerada pelo amor. Que os crentes observem, pois, o seu próprio estado de espírito e examinem cuidadosamente os sentimentos mais íntimos do seu coração. Se encontrarem no fundo da sua consciência algum fruto de caridade, não duvidem de que Deus está neles. E, para se tornarem cada vez mais capazes de acolher tão grande hóspede, perseverem e cresçam na misericórdia pelas obras. De facto, se o amor é Deus, a caridade não deve conhecer limites, porque a divindade não pode ser encerrada dentro de limite algum.

Nenhum comentário:

Postar um comentário