sexta-feira, 14 de julho de 2023

EVANGELHO DO DIA 14 DE JULHO

Evangelho segundo São Mateus 10,16-23. 
Naquele tempo, disse Jesus aos seus apóstolos: «Envio-vos como ovelhas para o meio de lobos. Portanto, sede prudentes como as serpentes e simples como as pombas. Tende cuidado com os homens: hão de entregar-vos aos tribunais e açoitar-vos nas sinagogas. Por minha causa, sereis levados à presença de governadores e reis, para dar testemunho diante deles e das nações. Quando vos entregarem, não vos preocupeis em saber como falar nem com o que dizer, porque nessa altura vos será sugerido o que deveis dizer; porque não sereis vós a falar, mas é o Espírito do vosso Pai que falará em vós. O irmão entregará à morte o irmão e o pai entregará o filho. Os filhos hão de erguer-se contra os pais e causar-lhes a morte. E sereis odiados por todos por causa do meu nome. Mas aquele que perseverar até ao fim, esse será salvo. Quando vos perseguirem numa cidade, fugi para outra. Em verdade vos digo: não acabareis de percorrer as cidades de Israel, antes de vir o Filho do homem». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São João-Maria Vianney (1786-1859) 
Presbítero, Cura de Ars 
Sermão para o 2.º Domingo depois da Páscoa 
«Aquele que perseverar até ao fim, esse será salvo». 
Aquele que lutar e perseverar até ao fim dos seus dias sem ser vencido, ou que, tendo caído, se levantar e perseverar, será coroado, isto é, salvo, diz-nos o Salvador do mundo; palavras que devem fazer-nos tremer e gelar de medo, irmãos, se considerarmos, por um lado, os perigos a que estamos expostos e, por outro, a nossa fraqueza e a quantidade de inimigos que nos rodeiam. Mas, perguntareis, o que é a perseverança? Meu amigo, é o seguinte: estar disposto a sacrificar tudo, os bens, a vontade, a liberdade e a própria vida antes de desagradar a Deus. E o que é, perguntareis, não perseverar? É voltar a cair nos pecados que já confessámos, ir atrás das más companhias que nos conduziram ao pecado, que é o maior de todos os males, pois perdemos o nosso Deus. Meus irmãos, se os santos tremeram toda a vida com receio de não perseverar, o que será de nós, que, desprovidos de virtude, quase sem confiança em Deus e carregados de pecados, não temos o mínimo cuidado em não nos deixarmos enredar nas armadilhas que o demónio nos prepara; nós, que andamos como cegos no meio dos maiores perigos, que dormimos tranquilamente entre uma hoste de inimigos decididos a destruir-nos! Mas, perguntareis, o que temos então de fazer para não sucumbir ao demónio? O seguinte, meus amigos: evitar as ocasiões que nos levaram a cair das vezes anteriores; recorrer constantemente à oração; e, por último, frequentar os sacramentos com assiduidade e dignidade. Se assim fizerdes, se seguirdes este caminho, tende a certeza de perseverar; mas, se não tomardes estas precauções, por muito que façais, não deixareis de vos perder.

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