sábado, 15 de julho de 2023

Beata Anna Maria Javouhey Fundadora 15 de julho

(*)Jallongers (França), 10 de novembro de 1779 
(+)Paris, 15 de julho de 1851 
Fundou a Congregação Cluniaca das Irmãs de São José em Paris, dedicada ao cuidado dos enfermos e à formação cristã da juventude feminina. 
Martirológio Romano: Em Paris, na França, a Bem-aventurada Anna Maria Javouhey, virgem, que fundou a Congregação Cluniaca das Irmãs de São José para o cuidado dos enfermos e a formação cristã da juventude feminina, difundindo-a em terras de missão. 
A quinta de dez filhos, Anna Maria Javouhey nasceu em 10 de novembro de 1779 em Jallongers, perto de Seurre, na França. Aos sete anos, "Nanette" seguiu a família que se mudou para Chamblanc; em 1789 fez a Primeira Comunhão e pôde presenciar as convulsões sociais e a crise religiosa que surgiram naqueles anos, a partir da Revolução Francesa e com a imposição da Constituição Civil ao clero, com alguns clérigos aderindo e outros não. E é precisamente um deles, o abade Ballanche, que com o seu apostolado semiclandestino se torna seu conselheiro e guia. A partir de 11 de novembro de 1798, Anna se interessou pela educação das crianças e com grande preocupação pelos pobres doentes. Ansiosa por consagrar-se totalmente a Deus, procura uma Ordem religiosa que satisfaça a sua vocação; foi o primeiro a entrar no noviciado das Irmãs da Caridade, fundado por s. Jeanne Antide Thouret, em setembro-novembro de 1800 em Besançon; depois, em 1803, foi para a Suíça e entrou no Trappe dirigido por Agostino de Lastrange. Mas em junho de 1804 ela voltou a Chamblanc para se juntar a três irmãs que também desejavam se consagrar a Deus; no dia 14 de abril de 1805, dia da Páscoa, as quatro irmãs tiveram seus projetos abençoados e aprovados pelo Papa Pio VII que estava de passagem por Chalon-sur-Saône, voltando de Paris, onde em 2 de dezembro de 1804 havia consagrado Napoleão imperador. Assim, tomando coragem, eles abrem uma escola em Chalon em 1806 chamada "Associação de St. as freiras pronunciam os votos na igreja de S. Pietro, elegendo Anna como superiora, que acrescentou ao seu nome o de Maria e adota como vestido o vestido azul dos vinicultores da Borgonha. Depois de ficar cinco anos alojada no antigo mosteiro de Autun, a Associação São José mudou-se em junho de 1812 para Cluny, no antigo convento dos recoletos, perto da famosa abadia de São Pedro. Deste lugar a Fundação tomará o nome de Congregação das "Irmãs de São José de Cluny". A partir daí, madre Javouhey empreenderá outras iniciativas para divulgar a Comunidade, assim, em 10 de janeiro de 1817, as primeiras quatro freiras desembarcam na Ilha Bourbon; entretanto, o rei Luís XVIII confirmou a existência da sua Congregação e qualificou-a para o ensino e para a assistência hospitalar. Depois de ter fundado vários institutos na França, Madre Anna Maria embarcou em Rochefort no dia 1º de fevereiro de 1823 para chegar ao Senegal onde fundaria quatro comunidades; tendo retornado à França em 1824, a laboriosa superiora dedicou-se à redação dos Estatutos da Associação, que foram aprovados nos diversos escritórios nos anos de 1825, 1827 e 1829. O ministro da Marinha Chabrol dirigiu-se a ela, oferecendo-lhe para reconstituir na Guiana Francesa, a antiga fundação da "Nouvelle-Angoulême" e a mãe Javouhey aceitou, então em 28 de junho de 1828 ela deixou Brest e desembarcou em Caiena em 10 de agosto. Naquele clima tropical, passou cinco anos de sacrifícios para reconstituir o centro e o povoado de La Massa, a 200 km de Caiena. Em 1883 voltou a Cluny para resolver as disputas que surgiram com o bispo de Autun sobre a jurisdição da Fundação; em 26 de dezembro de 1835 voltou para a Guiana e lá com cerca de 500 escravos libertos do estado, voltou a cuidar de La Massa, que havia se tornado um centro de educação de negros, para que aproveitassem ao máximo sua liberdade e seu trabalho. Em 1843 ele deixou seus amados negros para retornar à França, para lidar com os numerosos problemas espirituais levantados por seu trabalho; abriu um segundo noviciado em Paris, que se tornará a atual Casa Mãe. Seu trabalho continuou até que suas forças se esgotaram, até que a madre Anna Maria morreu em Paris em 15 de julho de 1851 e foi sepultada em Senlis, na grande capela da Congregação. Ela era uma mulher excepcional, basta pensar que para uma mulher era algo fora do comum naqueles tempos, viajar 45.000 km pelos mares e com os veleiros da época; à frente do seu tempo, madre Javouhey trabalhou com todas as suas forças pela promoção humana e cristã da raça negra, compreendeu imediatamente a necessidade de um clero local, pelo que teve os três primeiros sacerdotes senegaleses, ordenados em Paris em 1840, e um jovem ex-escrava das Antilhas, tornou-se freira da Congregação e viveu e morreu na ilha de Santa Lúcia, no Caribe. Teve a intuição profética das Igrejas locais, sinais visíveis da universalidade da Igreja; desde 1817 ele enviou suas filhas para todas as partes do mundo, apesar dos acontecimentos muitas vezes desfavoráveis ​​da história. O Papa Pio XI concedeu-lhe o título de "primeira missionária" pelo seu empenho na evangelização de terras distantes. Mulher de inteligência surpreendentemente prática, vontade de ferro, personalidade forte, ela é bem descrita por uma frase do rei da França, Louis Philippe (1835): "Sra. Javouhey, mas ele é um grande homem". Como todo fundador, Madre Javouhey deixou às Irmãs de São José de Cluny, um "espírito" que é o modo de amar a Deus e um "projeto particular" que é o modo de servir a Igreja e o mundo; esses dois elementos constituem o patrimônio familiar. A causa de sua beatificação foi apresentada em Roma em 13 de fevereiro de 1908; ela foi beatificada em 15 de outubro de 1950 em São Pedro pelo Papa Pio XII. 
Autor: Antonio Borrelli

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