sexta-feira, 4 de junho de 2021

São Filipe Smaldone

Nasceu em Nápoles (Itália) a 27 de julho de 1848. Quando tinha 12 anos, a monarquia borbónica, à qual a sua família era muito ligada, foi afastada do poder e a Igreja, com a conquista de Garibaldi, conheceu momentos dramáticos. Certamente não eram tempos favoráveis e promissores, especialmente para a juventude, que sofria as mudanças do novo período social, político e religioso. Exatamente nesta fase de crise institucional e social, Filippo tomou a decisão irrevocável de assumir o sacerdócio e de se ligar para sempre ao serviço da Igreja. Enquanto estudava filosofia e teologia, quis deixar uma marca de serviço caritativo na sua carreira eclesiástica ao dedicar-se à assistência de uma categoria de sujeitos marginalizados, muito numerosa e abandonada nessa época: os surdos. Foi ordenado Sacerdote no dia 23 de setembro de 1871. Iniciou um fervoroso ministério sacerdotal como catequista, colaborador zelante em várias paróquias e visitante assíduo de doentes. A sua caridade alcançou o auge da generosidade e do heroísmo por ocasião de uma forte peste difundida em Nápoles, pela qual também ele foi atingido, arriscando a vida, mas tendo sido curado por Nossa Senhora de Pompeia, que se tornou a sua devoção predileta por toda a vida. Contudo, o cuidado pastoral privilegiado pelo Pe. Filippo Smaldone era pelos surdos pobres, aos quais dedicou as suas energias com critérios mais idóneos e convenientes do que aqueles aplicados no sector educativo da época. No dia 25 de março de 1885 partiu para Lecce a fim de abrir um instituto para surdos. Acompanharam o Sacerdote algumas religiosas que ele formara precedentemente, e desse modo, criou-se uma base para a fundação da Congregação das Irmãs Salesianas dos Sagrados Corações, que foi muito apoiada pelos bispos de Lecce tendo, por consequência, uma rápida e sólida expansão. Durante quase quarenta anos o Pe. Filippo Smaldone prodigalizou-se, sem nunca esmorecer, para apoiar materialmente e educar moralmente os seus queridos surdos, os quais amava com afeto e cuidado de pai; e para conformar à vida religiosa perfeita as suas Irmãs Salesianas dos Sagrados Corações. Faleceu santamente no dia 4 de junho de 1923, em Lecce, suportando com admirável serenidade uma complicada doença, rodeado pelo afeto das suas Irmãs e dos surdos. Foi beatificado por João Paulo II em 12 de Maio de 1996 e canonizado a 15 de outubro de 2006 por Bento XVI.

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