domingo, 6 de junho de 2021

EVANGELHO DO DIA 6 DE JUNHO

Evangelho segundo São Marcos 3,20-35. 
Naquele tempo, Jesus chegou a casa com os seus discípulos. E de novo acorreu tanta gente que eles nem sequer podiam comer. Ao saberem disto, os parentes de Jesus puseram-se a caminho para O deter, pois diziam: «Está fora de Si». Os escribas que tinham descido de Jerusalém diziam: «Está possesso de Belzebu», e ainda: «É pelo chefe dos demónios que Ele expulsa os demónios». Mas Jesus chamou-os e começou a falar-lhes em parábolas: «Como pode Satanás expulsar Satanás? Se um reino estiver dividido contra si mesmo, tal reino não pode aguentar-se. E se uma casa estiver dividida contra si mesma, essa casa não pode durar. Portanto, se Satanás se levanta contra si mesmo e se divide, não pode subsistir: está perdido. Ninguém pode entrar em casa de um homem forte e roubar-lhe os bens sem primeiro o amarrar; só então poderá saquear a casa. Em verdade vos digo: tudo será perdoado aos filhos dos homens, os pecados e blasfémias que tiverem proferido; mas quem blasfemar contra o Espírito Santo nunca terá perdão: será réu de pecado para sempre». Referia-Se aos que diziam: «Está possesso dum espírito impuro». Entretanto, chegaram sua Mãe e seus irmãos, que, ficando fora, O mandaram chamar. A multidão estava sentada em volta dele, quando Lhe disseram: «Tua Mãe e teus irmãos estão lá fora à tua procura». Mas Jesus respondeu-lhes: «Quem é minha mãe e meus irmãos?». E, olhando para aqueles que estavam à sua volta, disse: «Eis minha mãe e meus irmãos. Quem fizer a vontade de Deus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Santo Agostinho(354-430) 
Bispo de Hipona (norte de África), 
doutor da Igreja 
De Trinitate,VIII,12;PL42,958B-959A 
«Eis o maior e o primeiro mandamento;
 o segundo é semelhante a ele»(Mt22,38-39) 
«Caríssimos, amemo-nos uns aos outros, porque que o amor vem de Deus. Quem ama, nasceu de Deus e conhece a Deus; quem não ama, não conhece a Deus, porque Deus é amor» (1Jo 4,7-8). Neste texto, o apóstolo São João mostra claramente, com a sua grande autoridade, que o amor fraterno, que faz com que nos amemos uns aos outros, vem de Deus e é o próprio Deus. Por conseguinte, amando os nossos irmãos com amor verdadeiro, amamo-los à maneira de Deus, por Deus. Donde se conclui que estes dois preceitos não podem existir um sem o outro. Pois, se «Deus é amor», aquele que ama o amor, ama a Deus; ora, aquele que ama o seu irmão, ama necessariamente o amor. É por isso que, um pouco mais adiante, o apóstolo João diz: «Quem não ama o seu irmão, que vê, como poderá amar a Deus, que não vê?» (1Jo 4,20); o que o impede de ver Deus é o facto de não amar o seu irmão. Quem não ama o seu irmão, não está no amor; e quem não está no amor, não está em Deus, pois « Deus é amor».

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