Evangelho segundo São João 7,40-53.
Naquele tempo, alguns que tinham ouvido as palavras de Jesus diziam no meio da multidão:
«Ele é realmente o Profeta». Outros afirmavam: «É o Messias». Outros, porém, diziam: «Poderá o Messias vir da Galileia?
Não diz a Escritura que o Messias será da linhagem de David e virá de Belém, a cidade de David?».
Houve assim desacordo entre a multidão a respeito de Jesus.
Alguns deles queriam prendê-lo, mas ninguém Lhe deitou as mãos.
Então, os guardas do Templo foram ter com os príncipes dos sacerdotes e com os fariseus e estes perguntaram-lhes: «Porque não O trouxestes?».
Os guardas responderam: «Nunca ninguém falou como esse homem».
Os fariseus replicaram: «Também vos deixastes seduzir?
Porventura acreditou nele algum dos chefes ou dos fariseus?
Mas essa gente, que não conhece a Lei, está maldita».
Disse-lhes Nicodemos, aquele que anteriormente tinha ido ter com Jesus e era um deles:
«Acaso a nossa Lei julga um homem sem antes o ter ouvido e saber o que ele faz?».
Responderam-lhe: «Também tu és galileu? Investiga e verás que da Galileia nunca saiu nenhum profeta».
E cada um voltou para sua casa.
Tradução litúrgica da Bíblia
Carmelita holandês, mártir
Convite ao heroísmo na fé e no amor
«Também vos deixastes seduzir?»
Vivemos num mundo em que o próprio amor está condenado: chamam-lhe fraqueza, algo a superar. Há quem diga: «O amor não tem importância, o que temos de desenvolver é a força; que todos se tornem tão fortes quanto possível; e que o fraco pereça!». Dizem ainda que a religião cristã, com os seus sermões sobre o amor, é uma coisa do passado. Essas pessoas dirigem-se a nós com tais doutrinas e encontram quem as adote. O amor é desconhecido: «O amor não é amado» dizia São Francisco de Assis; e, séculos mais tarde em Florença, Santa Maria Madalena de Pazzi fazia soar os sinos do seu carmelo para que o mundo soubesse quão belo é o amor! Também eu gostaria de fazer soar os sinos para dizer ao mundo quão belo é amar!
O neopaganismo [do nazismo] pode repudiar o amor; mas a História ensina-nos que, apesar de tudo, venceremos esse neopaganismo através do amor. Nós não abandonaremos o amor. O amor far-nos-á reconquistar os corações desses pagãos. A natureza é mais forte do que a filosofia. Ainda que uma filosofia condene e rejeite o amor e o apelide de fraqueza, o testemunho vivo do amor renovará sempre o seu poder para conquistar e cativar os corações dos homens.
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