sábado, 8 de agosto de 2020

EVANGELHO DO DIA 8 DE AGOSTO

Evangelho segundo São Mateus 17,14-20.
Naquele tempo, aproximou-se de Jesus um homem, que se ajoelhou diante dele e Lhe disse: «Senhor, tem compaixão do meu filho, porque é epilético e sofre muito; cai frequentemente no fogo e muitas vezes na água. Apresentei-o aos teus discípulos, mas eles não puderam curá-lo». Jesus respondeu: «Ó geração incrédula e perversa! Até quando estarei convosco? Até quando terei de vos suportar? Trazei-mo aqui». Jesus ameaçou o demónio, que saiu do menino, e este ficou curado a partir daquele momento. Então os discípulos aproximaram-se de Jesus e perguntaram-Lhe em particular: «Por que motivo não pudemos nós expulsá-lo?». Jesus respondeu-lhes: «Por causa da vossa pouca fé. Em verdade vos digo: se tiverdes fé comparável a um grão de mostarda, direis a este monte: "Muda-te daqui para acolá", e ele há de mudar-se. E nada vos será impossível». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Beato Columba Marmion
(1858-1923) abade 
A nossa fé, vitória sobre o mundo
«Se tiverdes fé» 
Peçamos ao Pai, ou a Cristo Jesus, seu Verbo, a luz da fé. Recebemos o seu princípio no batismo; mas temos de conservar e desenvolver este gérmen divino. Qual é a cooperação que Deus espera de nós nesta matéria? Espera, antes de mais, a nossa oração. A fé é um dom de Deus; o espírito da fé vem do espírito de Deus: «Senhor, aumenta-nos a fé» (Lc 17,5. Digamos muitas vezes a Cristo Jesus, como no evangelho do pai da criança doente: «Creio, Senhor, mas ajuda a minha incredulidade» (Mc 9,24). Com efeito, só Deus pode, como causa eficiente, aumentar em nós a fé; o nosso papel consiste em merecer esse crescimento através da oração e das boas obras. Tendo a fé sido alcançada, temos o dever de a exercer. No batismo, Deus dá-nos o «habitus» da fé, que é uma força, uma potência; mas esta força não pode permanecer inativa, este hábito não pode anquilosar-se, por assim dizer, por falta de exercício. Tem de progredir, fortificando-se sempre mais por meio dos atos que lhe correspondem. Não podemos ser almas nas quais a fé está adormecida. Renovemos frequentemente os nossos atos de fé, não apenas durante os exercícios de piedade, mas também nos pormenores mais miúdos da nossa vida. E caminhemos todos os dias a esta luz.

Nenhum comentário:

Postar um comentário