sábado, 18 de julho de 2020

Santa Sinforosa e sete filhos

Na Via Tiburtina, vivia uma senhora chamada Sinforosa com os seus 7 filhos chamados Crescêncio, Julião, Nemésio, Primitivo, Justino, Estácio e Eugênio. Ela vivia perto da majestosa vila do imperador Adriano, o qual havia ordenado a morte de seu marido, o tribuno Getúlio, do cunhado Amâncio e do amigo deles, Primitivo. Após ter terminado a construção de sua grandiosa vila, o imperador Adriano antes de inaugurá-la desejou consultar os deuses, os quais lhe disseram: A viúva Sinforosa e seus filhos nos atormentam diariamente invocando seu Deus. Se ela e os filhos oferecerem sacrifício, prometemos dar-lhe tudo o que pedir. Adriano chamou então o prefeito Licínio e ordenou que Sinforosa fosse presa e conduzida com seus filhos ao templo de Hércules. Depois, com lisonjas, ameaças e chantagens, procurou fazê-la desistir de sua Fé e a sacrificar aos ídolos, mas a Santa com nobre ânimo seguia o exemplo de Getúlio e dos companheiros de martírio de seu esposo. Vendo que a mulher não se submetia aos seus desejos, o imperador renovou a ordem de junto com seus filhos ela sacrificar aos deuses pagãos, senão todos seriam condenados à morte, mas Sinforosa foi irremovível, como também seus sete filhos.
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Visto serem vãs todas as tentativas, o imperador ordenou que Sinforosa fosse torturada. Finalmente, ele deu ordem aos guardas para amarrarem uma grande pedra ao pescoço de Sinforosa e para lançá-la no Rio Anjo (Aniene). Chegou a vez de seus filhos. O imperador ordenou que fossem conduzidos ao templo onde tentaram convencê-los a aceitarem os ídolos, mas como se negassem a fazê-lo, os sete foram torturados e, em seguida, cada um deles sofreu um tipo de martírio diferente: Crescêncio foi esfaqueado na garganta, Julião, no peito, Nemésio, no coração, Primitivo foi ferido no umbigo, Justino, nas costas, Estácio, no flanco e Eugênio foi cortado em dois, de cima a baixo. Os corpos foram atirados numa vala comum no lugar que os sacerdotes pagãos passaram a chamar de "Ad septem Biothanatos" (palavra grega antiga utilizada para suicidas e, no caso dos pagãos, para denominar os cristãos que sofriam o martírio).  Dois anos depois, tendo acalmado o furor dos perseguidores contra os cristãos, seu irmão Eugênio, que era membro do conselho de Tibur (Tiburtino = Tivoli), recolheu os corpos e os sepultou nos arredores da cidade. No século XVII, Antônio Bosio descobriu as ruínas de uma basílica num lugar popularmente chamado de "le sette fratte" (uma corruptela de "os sete irmãos") na Via Tiburtina, a quatorze quilômetros de Roma. Os "Atos" e o martirológio concordam que este era o local do túmulo de Sinforosa e seus filhos. Descobertas posteriores, que não deixam dúvidas de que a basílica foi construída sobre o túmulo deles, foram feitas por Stevenson. As relíquias foram transladadas para Sant’Angelo in Pescheria, em Roma, por ordem do Papa Estêvão II em 752. Um sarcófago foi descoberto no local em 1610 com a seguinte inscrição: “Aqui jazem os corpos dos santos mártires Sinforosa, seu marido Zótio (Getúlio) e seus filhos, transferidos pelo papa Estêvão”. Nos dias atuais há uma igreja dedicada a Santa perto de Bagni di Tivoli. Etimologia: Sinforosa, do latim, provavelmente Symphorosa, derivado do grego symphorá: “sucesso, fortuna, sorte, destino”.

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