quarta-feira, 15 de julho de 2020

EVANGELHO DO DIA 15 DE JULHO

Evangelho segundo São Mateus 11,25-27. 
Naquele tempo, Jesus exclamou: «Eu Te bendigo, ó Pai, Senhor do Céu e da Terra, porque escondeste estas verdades aos sábios e inteligentes e as revelaste aos pequeninos. Sim, Pai, Eu Te bendigo, porque assim foi do teu agrado. Tudo Me foi dado por meu Pai. Ninguém conhece o Filho senão o Pai e ninguém conhece o Pai senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar. 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São João Crisóstomo(345-407) 
Presbítero de Antioquia, 
bispo de Constantinopla, 
doutor da Igreja.
Sermões sobre o Evangelho de S.Mateus,n°38,1
«E as revelaste aos pequeninos» 
«Eu Te bendigo, ó Pai, Senhor do Céu e da Terra, porque escondeste estas verdades aos sábios e inteligentes». 
Como? O senhor regozija-Se com a perda dos que não acreditam nele? Nada disso: são admiráveis os seus desígnios para a salvação dos homens! Quando eles se opõem à verdade, e se recusam a recebê-la, Deus não os contraria, deixa-os na sua vontade. A perdição em que caem leva-os a encontrar o caminho: entrando em si mesmos, procuram com ardor a graça do chamamento da fé, que num primeiro momento haviam desprezado. Quanto aos que continuaram fiéis, mais forte ainda se revela, então, o seu ardor. Cristo regozija-Se, pois, por estas coisas serem reveladas a alguns, mas atormenta-Se por ficarem escondidas a outros; percebe-se bem que assim é quando, ao aproximar-Se da cidade, chora sobre ela (Lc 19,41). No mesmo espírito, escreve São Paulo: «Demos graças a Deus: vós éreis escravos do pecado, mas obedecestes de coração ao ensino que vos foi transmitido como norma de vida» (Rom 6,17). A que inteligentes está Jesus a referir-Se? Aos escribas e aos fariseus. Ele diz isto para encorajar os discípulos, mostrando-lhes os privilégios de que foram julgados dignos; eram simples pescadores e receberam luzes que os sábios e os inteligentes desdenharam. Estes são sábios só de nome: julgam-se sábios, mas não passam de falsos eruditos. É por isso que Cristo não diz: «Revelaste-as aos insensatos», mas: «aos pequeninos», isto é, a pessoas simples e sem argúcia. Ensina-nos assim a renunciar à loucura das grandezas e a procurar a simplicidade. São Paulo vai mais longe: «Se algum de entre vós se julga sábio à maneira deste mundo, torne-se louco para ser sábio» (1Cor 3,18).

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