sábado, 10 de agosto de 2019

EVANGELHO DO DIA 10 DE AGOSTO - “Não vos deixarei órfãos”

PADRE LUIZ CARLOS
DE OLIVEIRA
REDENTORISTA
51 ANOS CONSAGRADO
44 ANOS SACERDOTE
Manifestação de Cristo 
João ensina que ter a presença de Jesus é amá-Lo guardando seus mandamentos. Amando-O, temos a garantia de que está presente. Esta presença é garantida pelo Espírito da verdade: “Vós O conheceis porque Ele permanece junto de vós e estará dentro de vós. Não vos deixarei órfãos. Eu virei a vós... Vós me vereis, porque Eu vivo e vós vivereis... Quem tem meus mandamentos e os observam, esse me ama. Ora, quem me ama será amado por meu Pai, e Eu o amarei e me manifestarei a ele” (Jo 14,18-21). Não há ausência, mas presença do Espírito da Verdade. Verdade é Jesus. Temos a presença de Jesus e a manifestamos por nosso amor a Ele, guardando seus mandamentos. Estamos sempre unidos ao Pai, pelo Filho no Espírito: “Quem ama Jesus será amado pelo Pai”. O Espírito nos abre à visão de Jesus através do amor que Ele tem por nós. Observando nossa comunidade vemos o mesmo que ocorreu com os apóstolos e discípulos, como no caso de Filipe que anuncia o Evangelho em Samaria. Ele fazia os milagres que Jesus fazia. Cristo continua a dar o Espírito através dos apóstolos. O Espírito é dado para todos. A ação evangelizadora de Filipe que fora escolhido como diácono para servir as mesas (ação social), torna-se um serviço maior de anúncio de Jesus. Os diáconos têm uma missão de anúncio que incide também sobre o social. Muitos reduziram seu diaconato a um serviço de altar. Também é bom, mas não é a primeira missão. Vemos aí a dimensão evangélica de todo o cristão: cuidar do homem como um todo.
Missão do Espírito 
O Espírito é o outro Defensor: “Eu rogarei ao Pai e Ele vos dará outro Defensor para que permaneça sempre convosco” (Jo, 14,16). Jesus está diante de Deus intercedendo para o perdão dos nossos pecados e os do mundo inteiro (1Jo 2,1). Qual a missão do Espírito? Paulo explica: “Ele socorre nossa fraqueza. Pois não sabemos o que pedir como convém. Mas o próprio Espírito intercede por nós com gemidos inefáveis” (Rm 8,26). Nossa relação com Deus é feita através do Espírito que conhece nossa linguagem e a linguagem de Deus. Ele nos revela Jesus e faz morada em nós, “O Pai dará outro Defensor para que permaneça sempre convosco” (Jo 14,17). Após a Ressurreição e Ascensão de Jesus ao Céu, entramos no tempo do Espírito que faz penetrar no mundo e nas pessoas a redenção que Cristo nos trouxe. Ele nos tira da orfandade. A sensação de perda de Jesus, por sua Ascensão ao Céu nos é sanada pela presença do Espírito que nos faz entender nossa relação com Cristo. 
Vida e mistério celebrado 
Participando da vida de Deus pelo Espírito, celebramos com júbilo suas maravilhas que se renovam. Deus jamais rejeitou nossa oração (Sl 65). Por isso nos reunimos para celebrar sua bondade, libertando-nos de todo o mal e pecado e dando-nos a vida nova em seu Filho. Ouvimos Pedro dizer: “Santificai em vossos corações o Senhor”, Santificar é reconhecer Deus e louvá-Lo pela proclamação de Cristo e ressuscitado. Cada celebração é momento de viver este mistério e receber o Espírito. Há uma procura de imposição das mãos para o dom do Espírito. Mas não se toma conhecimento ou há desconhecimento de que, em cada Eucaristia, há um Pentecostes dentro da celebração nas palavras da epíclese. Dá-se o Espírito com a mesma energia Divina que mudou o pão e o vinho em Corpo e Sangue do Senhor. O Espírito Santo é o servidor como Cristo. É preciso acolher sua graça e não fazê-Lo um mero distribuidor de dons para nossa vaidade.

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