sexta-feira, 14 de junho de 2019

Beata Castora Gabrielli, Esposa e terciária franciscana – 14 de junho

 Não sabemos quando a Beata Castora (ou Castorina) Gabrielli nasceu. Sabemos apenas que ela era filha do Conde Pietruccio Gabrielli de Gubbio, Conde de Corbara, e de Helena de Pietruccio Del Monte, e que viveu no século XIV.
     No volume de Ludovico Iacobilli "Vidas dos santos e beatos da Úmbria e daqueles cujos corpos descansam nessa província", publicado em Foligno, em 1647, ele relata que "A família dos Gabrielli de Gubbio, que teve muitas figuras ilustres em dignidade eclesiástica e militar, com o domínio de vários castelos, gerou a Beata Castora. Ela era irmã de Paulo Gabrielli, bispo de Lucca. Ela era belíssima, de uma estatura adequada, muito modesta e retraída; desprezava toda vaidade e coisa mundana, devotíssima do Pai São Francisco de Assis e toda dedicada ao serviço de Deus e a assistência do próximo. E somente se casou para obedecer a seus pais".
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     Castora Gabrielli se casou muitíssimo jovem com o jurista Santuccio (ou Gualtiero) Sansoneri, Conde de S. Martino e Bassinario, no território de Sant’Angelo in Vado (PS). Foi um casamento difícil, porque o marido a tratava asperamente.
     "Empregava na oração - continua Iacobilli - o tempo que lhe sobrava das tarefas domésticas, particularmente na igreja de São Francisco, chamada da Terra, e quando voltava para casa seu marido, de natureza severa e rígida, a maltratava com palavras e atos: ela, no entanto, suportava tudo com admirável paciência por amor de Deus”.
     Castora foi uma mulher de rara piedade e profunda caridade; criou seu filho com piedade. À morte de seu marido, com o consentimento de seu filho Odão, ela distribuiu seus bens aos pobres e vestiu o hábito da Ordem Terceira Franciscana, passando o resto de sua vida em penitência e oração.
     "E com o hábito da Ordem Terceira de São Francisco - continua relatando Iacobilli -viveu o resto de sua vida em orações, penitências e outras obras santas; e, acima de tudo, na observância exata da regra que ela professava; e célebre pelos muitos milagres que o Senhor Deus operou por seu intermédio".
     Ela morreu em 14 de junho de 1391 em Macerata. Após sua morte, o filho quis transladar o corpo da Beata Castora para a igreja de São Francisco em Sant’ Angelo in Vado.
     E a este respeito, sempre segundo Iacobilli, nos é relatado que "seu corpo está todo preservado até o presente na sacristia da referida igreja de São Francisco em Sant'Angelo in Vado, onde foi enterrado com o hábito de terceira franciscana".
     O Padre Gregório de Urbino, que em 1675 estava vivendo naquele convento, e que havia consultado uma antiga "Chronica Custodiae Feretranae", testemunhou que o corpo da Beata foi exposto à veneração dos fiéis no dia da Ascensão daquele ano.
     Ainda hoje, na igreja franciscana de Santo Ângelo, a Beata é venerada e invocada como padroeira dos casamentos difíceis.
     É comemorada no dia da sua morte, 14 de junho.

Corpo da Beata em Sant'Angelo in Vado

Etimologia: Castor, de origem grega, Kástor, derivado do radical kas: “distinguir-se” -  
“o que se destaca”. Feminino de CastorCastorina (ou Castora).

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