| Ao cair da tarde, os discípulos de Jesus desceram até junto do mar, |
| subiram para um barco e seguiram para a outra margem, em direção a Cafarnaum. Já fazia escuro e Jesus ainda não tinha ido ter com eles. |
| Como o vento soprava forte, o mar ia-se encrespando. |
| Tendo eles remado duas e meia a três milhas, viram Jesus aproximar-Se do barco, caminhando sobre o mar e tiveram medo. |
| Mas Jesus disse-lhes: «Sou Eu. Não temais». |
| Quiseram então recebê-l’O no barco mas logo o barco chegou à terra para onde se dirigiam. |
 (1891-1942)carmelita, mártir, co-padroeira da Europa Poema «A tempestade», 1940 |
«Sou Eu. Não temais»
- Senhor, como são altas as ondas,
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e tão escura a noite!
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Não poderias dar-lhe alguma claridade?
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É que velo solitária na noite!
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- Segura o leme com mãos firmes,
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tem confiança, mantém a calma.
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A tua barca é-Me preciosa,
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a bom porto a levarei.
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Mantém, sem desistires,
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os olhos na bússola.
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É ela que ajuda a chegar ao destino
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no meio de noites e tempestades.
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A agulha da bússola
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oscila, mas mostra segura a direção.
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Ela te indicará o cabo
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aonde quero que arribes.
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Tem confiança, mantém a calma:
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por noites e tempestades,
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a vontade de Deus, fiel, te guiará,
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se vigilante for teu coração.
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