terça-feira, 8 de maio de 2018

EVANGELHO DO DIA 8 DE MAIO

Evangelho segundo S. João 16,5-11.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Agora vou para Aquele que Me enviou e nenhum de vós Me pergunta: ‘Para onde vais?’.Mas por Eu vos ter dito estas coisas, o vosso coração encheu-se de tristeza. No entanto, Eu digo-vos a verdade: É do vosso interesse que Eu vá. Se Eu não for, o Paráclito não virá a vós; mas se Eu for, Eu vo-l’O enviarei. Quando Ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do julgamento: do pecado, porque não acreditam em Mim; da justiça, porque vou para o Pai e não Me vereis mais; do julgamento, porque o príncipe deste mundo já está condenado».
Tradução litúrgica da Bíblia 
Comentário do dia: 
São Bernardo (1091-1153), monge cisterciense, doutor da Igreja 
3.º sermão para o Pentecostes
«É do vosso interesse que Eu vá»-
O Espírito Santo estendeu a sua sombra sobre a Virgem Maria (Lc 1,35) e, no dia de Pentecostes, fortificou os apóstolos; a Ela, fê-lo para suavizar o efeito da vinda da divindade ao seu corpo virginal e a eles, para os revestir com a força do alto (cf Lc 24,49), isto é, com a mais ardente caridade. [...] Como teriam eles, na sua fraqueza, podido cumprir a sua missão de triunfar sobre a morte sem esse amor mais forte que a morte, e de não permitir que as portas do abismo prevalecessem sobre eles sem esse amor mais inflexível que o abismo (cf Mt 16,18; Cant 8,6)? Ao ver esse zelo, alguns julgaram-nos ébrios (cf At 2,13). Efetivamente, estavam ébrios, mas de um vinho novo [...], aquele que a «verdadeira videira» deixara derramar do alto do Céu, aquele que «alegra o coração do homem» (Jo 15,1; Sl 103,15). [...] Era um vinho novo para os habitantes da Terra, mas que no Céu se encontrava em abundância [...], jorrava em golfadas pelas ruas e pelas praças da cidade santa, por onde espalhava a alegria do coração. [...] Havia no Céu um vinho especial que a Terra desconhecia. Mas a Terra tinha também alguma coisa que lhe era própria e que era a sua glória — a carne de Cristo — e o Céu tinha uma grande sede da presença dessa carne. Quem poderia, pois, impedir essa troca tão certa e tão rica em graça entre o Céu e a Terra, entre os anjos e os apóstolos, de forma que a Terra possuísse o Espírito Santo e o Céu a carne de Cristo? [...] «Se Eu não for, o Paráclito não virá a vós», disse Jesus. Quer dizer, se não deixais partir aquilo que amais, não obtereis o que desejais. «É melhor para vós que Eu vá» e que vos transporte da Terra ao Céu, da carne ao espírito; pois o Pai é espírito, o Filho é espírito e o Espírito Santo é também espírito. [...] E o Pai «é espírito; por isso, os que O adoram devem adorá-l'O em espírito e verdade» (Jo 4,23-24).

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