segunda-feira, 1 de maio de 2017

EVANGELHO DO DIA 1 DE MAIO

Evangelho segundo S. João 6,22-29.
Depois de Jesus ter saciado os cinco mil homens, os seus discípulos viram-n’O a caminhar sobre as águas. No dia seguinte, a multidão que permanecera no outro lado do mar notou que ali só estivera um barco e que Jesus não tinha embarcado com os discípulos; estes tinham partido sozinhos. Entretanto, chegaram outros barcos de Tiberíades, perto do lugar onde eles tinham comido o pão, depois de o Senhor ter dado graças. Quando a multidão viu que nem Jesus nem os seus discípulos estavam ali, subiram todos para os barcos e foram para Cafarnaum, à procura de Jesus. Ao encontrá-l’O no outro lado do mar, disseram-Lhe: «Mestre, quando chegaste aqui?». Jesus respondeu-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo: vós procurais-Me, não porque vistes milagres, mas porque comestes dos pães e ficastes saciados. Trabalhai, não tanto pela comida que se perde, mas pelo alimento que dura até à vida eterna e que o Filho do homem vos dará. A Ele é que o Pai, o próprio Deus, marcou com o seu selo». Disseram-Lhe então: «Que devemos nós fazer para praticar as obras de Deus?». Respondeu-lhes Jesus: «A obra de Deus consiste em acreditar n’Aquele que Ele enviou». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Comentário do dia: 
Pedro, o Venerável (1092-1156), abade de Cluny 
Sermão sobre o elogio do Santo Sepulcro 
«À procura de Jesus»
Escutai, povos de todo o mundo; escutai, nações espalhadas por toda a superfície da terra; ouvi, tribos e raças diversas (cf Ap 7,9), todos vós que vos julgáveis abandonados e que vos consideráveis até agora miseráveis, ouvi e alegrai-vos: o vosso Criador não vos esqueceu. Ele não quis que a sua cólera retivesse durante mais tempo as suas misericórdias; na sua bondade, quer agora salvar, não só o pequeno número dos judeus, mas a imensa multidão. Escutai o santo profeta Isaías [...]: «Naquele dia, a raiz de Jessé será erguida como um sinal para os povos» (11,10). [...] 
Como o próprio Jesus atestou, Ele é Aquele que «Deus Pai marcou com o seu selo», para que seja um sinal. Mas um sinal de quê? Para que, exaltado no cimo do estandarte da cruz, qual serpente de bronze elevada no meio do campo (Nm 21), Ele volte para Si os olhares, não só do povo judeu, mas de todo o universo, e atraia para Si, pela sua morte na cruz, o coração de todos os homens. Assim, ensiná-los-á a pôr nele toda a esperança. Ao curar-lhes todas as fraquezas, ao perdoar-lhes todos os pecados, ao abrir a todos o Reino dos Céus encerrado há tanto tempo, mostrar-lhes-á que é verdadeiramente «Aquele que será enviado [...], Aquele que todas as nações aguardavam» (Gn 49,10). Ele próprio elaborou este sinal para os povos, a fim de «juntar os exilados de Israel e reunir os dispersos de Judá dos quatro cantos da terra» (Is 11,12). 

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