terça-feira, 16 de agosto de 2016

EVANGELHO DO DIA 16 DE AGOSTO

Evangelho segundo S. Mateus 19,23-30.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Em verdade vos digo: Um rico dificilmente entrará no reino dos Céus. É mais fácil passar um camelo pelo fundo duma agulha do que um rico entrar no reino de Deus». Ao ouvirem estas palavras, os discípulos ficaram muito admirados e disseram: «Quem poderá então salvar-se?».Jesus olhou para eles e respondeu: «Aos homens isso é impossível, mas a Deus tudo é possível». Então Pedro tomou a palavra e disse-Lhe: «Nós deixámos tudo para Te seguir. Que recompensa teremos?». Jesus respondeu: «Em verdade vos digo: No mundo renovado, quando o Filho do homem vier sentar-Se no seu trono de glória, também vós que Me seguistes vos sentareis em doze tronos para julgar as doze tribos de Israel. E todo aquele que tiver deixado casas, irmãos, irmãs, pai, mãe, filhos ou terras, por causa do meu nome, receberá cem vezes mais e terá como herança a vida eterna. Muitos dos primeiros serão os últimos e muitos dos últimos serão os primeiros». 
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia: 
São Pedro Damião (1007-1072), eremita, bispo, doutor da Igreja 
Sermão 9; PL 144, 549-553 
Deixar tudo para seguir a Cristo
Na verdade, é uma grande coisa «deixar tudo», mas ainda é ainda mais importante «seguir a Cristo»; porque, como aprendemos através dos livros, muitos deixaram tudo mas não seguiram a Cristo. Seguir a Cristo é a nossa tarefa, o nosso trabalho, e nisso consiste o essencial da salvação do homem; mas não podemos seguir a Cristo se não abandonarmos tudo o que nos entrava. Porque «Ele sai, a percorrer alegremente o seu caminho como um herói» (Sl 18,6), e ninguém pode segui-Lo carregado com fardos. 
«Nós deixámos tudo para Te seguir», diz Pedro, não apenas os bens deste mundo mas também os desejos da nossa alma. Porque quem continua apegado, nem que seja a si mesmo, não abandonou tudo. Mais ainda, não serve de nada deixar tudo à exceção de si mesmo, porque não há para o homem fardo mais pesado que o seu eu. Que tirano será mais cruel, que senhor será mais impiedoso para o homem do que a sua própria vontade? [...] Por consequência, é necessário que deixemos os nossos bens e a nossa vontade própria se que queremos seguir Aquele que não tinha sequer «onde reclinar a cabeça» (Lc 9,58) e que não veio para fazer a sua vontade, mas a vontade daquele que O enviou (Jo 6,38). 

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